O desrespeito à norma que impõe tolerância zero a quem consume álcool e insiste em dirigir persiste em Mato Grosso. Dados divulgados, ontem (19), pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) mostra que neste ano, até o momento, houve um aumento de 18% de motoristas presos por embriaguez ao volante comparado ao mesmo período de 2023.
Segundo o levantamento, mais de 3,3 mil pessoas foram detidas entre janeiro e novembro deste ano durante as operações intituladas “Lei Seca”. No ano passado, esse número foi de 2,8 mil condutores.
Além das prisões, 6,8 mil motoristas foram multados por dirigirem sob efeito de álcool. O número é 21% maior do que as 5,6 mil autuações aplicadas no ano anterior. Ao todo, 60,7 mil testes de alcoolemia foram aplicados neste ano contra 40,5 mil exames no período anterior.
O balanço mostra ainda que, em 2024, ocorreram 391 operações em nove municípios que aderiram à campanha de conscientização de trânsito, um aumento de 12% em comparação com as 348 operações realizadas no ano anterior. As cidades são Cuiabá (110), Várzea Grande (45), Sinop (43), Cáceres (38), Tangará da Serra (31), Sorriso (44), Alta Floresta (36), Barra do Garças (29) e Nova Mutum (15).
Para a coordenadora do GGI, tenente-coronel PM Monalisa Furlan Toledo, o aumento das prisões deve-se ao incremento nas operações e no número de testes realizados. “Nosso foco é promover a conscientização da sociedade e não apenas fiscalizar e aplicar multas”, disse por meio da assessoria de imprensa. “Esses números elevados mostram que o comportamento inadequado ainda persiste, mas reforçam a importância da operação no processo de conscientização”, completou.
A Sesp-MT reforça ainda que conduzir veículo com teor alcoólico superior a 0,34 mg/L configura crime de trânsito, com previsão de pena de 6 meses a 3 anos de detenção, multa de R$ 2.934,70, suspensão ou proibição de dirigir por um ano, além do recolhimento da CNH e retenção do veículo.
Já para casos em que o teor alcoólico fica entre 0,05 e 0,33mg/L, o condutor está sujeito à multa, suspensão da CNH por um ano, recolhimento do documento e retenção do veículo. “O impacto das operações Lei Seca evidencia a importância da fiscalização e reforça o papel educativo da campanha, que busca salvar vidas e promover a segurança no trânsito em Mato Grosso”, destaca.