Waseem Baig, porta-voz de um hospital governamental em Quetta, capital da província do Baluchistão, disse que o hospital recebeu 13 corpos e dezenas de feridos, alguns em estado crítico.

O chefe da polícia local, Majeed Qaisrani, disse que a explosão ocorreu perto de um cemitério junto a um estádio, nos arredores de Quetta, onde estavam reunidos centenas de membros do Partido Nacional do Baluchistão (BNP).

Partes do corpo do bombista suicida foram recuperadas, disse Majeed Qaisrani.

O balanço inicial apontava para 22 mortos e 40 feridos, segundo duas autoridades governamentais que falaram sob anonimato, citadas pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Até ao momento, ninguém assumiu a responsabilidade por este ataque.

O ministro do Interior, Mohsin Naqvi, responsabilizou “terroristas apoiados pela Índia e os seus facilitadores” pelo ataque, sem apresentar provas para sustentar a alegação.

Nos últimos meses, o Governo paquistanês e o ministro-chefe do Baluchistão, Sarfraz Bugti, têm acusado frequentemente a Índia de apoiar tanto os talibãs paquistaneses como os separatistas baluchis, acusação que Nova Deli nega.

Também na terça-feira, 11 soldados e paramilitares foram mortos noutros ataques, no Baluchistão e em Khyber-Pakhtunkhwa (noroeste).

Neste último, seis soldados foram mortos num ataque a um quartel-general de tropas paramilitares, revelou o exército, num ataque reivindicado por um pequeno grupo ligado aos talibãs paquistaneses.

O BNP afirma ser o defensor da minoria baluchi, que se sente desfavorecida nesta província que faz fronteira com o Irão e o Afeganistão, rica em minerais e hidrocarbonetos, mas a mais pobre do Paquistão.

No Baluchistão, oficialmente, 70% da população é pobre, embora o subsolo contenha alguns dos maiores depósitos minerais inexplorados do mundo, e os megaprojectos, particularmente os da China, gerem receitas significativas.

Esta região, onde uma insurgência armada prospera neste solo fértil, registou o maior aumento de violência no Paquistão em 2024, um aumento de 90%, resultando em 782 mortes, de acordo com o Centro de Investigação e Estudos de Segurança, sediado em Islamabade.

Desde 1 de janeiro, de acordo com uma contagem da AFP, mais de 430 pessoas, a maioria membros das forças de segurança, foram mortas em atos de violência perpetrados por grupos armados que lutam contra o Estado, no Baluchistão e na província vizinha de Khyber-Pakhtunkhwa.

O ano de 2024 foi o mais mortífero em quase uma década no Paquistão, com mais de 1.600 mortes, quase metade das quais soldados e polícias, de acordo com o Centro de Investigação e Estudos de Segurança.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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