O Comando Central das Forças Armadas norte-americanas justificou os bombardeamentos afirmando que o objetivo era atingir as fontes económicas dos Huthis e privá-los das receitas ilegais que o grupo utiliza para financiar atividades que “aterrorizam a região”.
Pelo menos 58 pessoas perderam a vida e 126 ficaram feridas após um ataque aéreo norte-americano contra um porto petrolífero controlado pelos Huthis, no Iémen, ocorrido esta sexta-feira. O ataque atingiu o porto de Ras Issa, situado na costa do Mar Vermelho, e gerou uma enorme explosão visível nas imagens difundidas pela estação de televisão rebelde Al-Massira, que mostram uma bola de fogo iluminando a área onde se encontram navios e espessas nuvens de fumo no horizonte.
O Comando Central das Forças Armadas norte-americanas justificou os bombardeamentos afirmando que o objetivo era atingir as fontes económicas dos Huthis e privá-los das receitas ilegais que o grupo utiliza para financiar atividades que “aterrorizam a região”. O exército norte-americano confirmou, na quinta-feira, que o ataque destruiu o porto petrolífero de Ras Issa, uma instalação estratégica controlada pelos rebeldes Huthis.
De acordo com o canal “Al-Massira”, que citou fontes locais em Hodeida, a situação continua grave, com os serviços de emergência a trabalhar no local para resgatar as vítimas e combater o incêndio causado pela explosão. As autoridades locais, ainda segundo a estação de televisão, lamentam a elevada perda de vidas, tendo inicialmente sido reportados 38 mortos e 102 feridos, mas o número subido para 58 falecidos.
Os ataques aos Huthis, que começaram com bombardeamentos em março, têm como objetivo neutralizar as ameaças aos navios no Mar Vermelho, uma área vital para o comércio global. A ofensiva norte-americana surge após uma série de ataques lançados pelos Huthis, incluindo ataques a navios israelitas e militares dos Estados Unidos, que começaram após o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, e se intensificaram em resposta à ofensiva israelita.