Distante mais de 400 km da Terra, a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) consegue ver (e fazer fotos) muitas coisas que do chão não conseguimos. A mais recente das imagens impressionantes compartilhadas pelos astronautas da NASA na ISS é de uma tempestade de raios iluminando o céu de Singapura.
A imagem, tirada durante a órbita da estação sobre o Sudeste Asiático, mostra explosões intensas de luz atravessando a cobertura de nuvens na região. De acordo com a NASA, a ISS orbitava a 417 quilômetros acima do Mar da China Meridional aproximadamente às 3h18, horário local, quando a fotografia foi tirada.
Veja a imagem em detalhes:

Tempestade de raios em Singapura, vista da ISS. Imagem: NASA/Divulgação
O que é a ISS
Maior estrutura artificial em órbita terrestre, a ISS é fruto de uma colaboração sem precedentes entre 15 nações, incluindo EUA, Rússia, Japão, Canadá e países europeus. Assim, desde o lançamento de seu primeiro módulo em 1998, a estação funciona como um laboratório de pesquisa em microgravidade.
Atualmente, a ISS serve como plataforma para mais de 3.000 experimentos científicos realizadas por astronautas em áreas como medicina espacial, biologia, física de materiais e observação terrestre. Com custo estimado em US$ 150 bilhões, a estação tem o tamanho de um campo de futebol americano e pode abrigar até sete astronautas simultaneamente.
Com operação prevista até pelo menos 2030, a ISS enfrenta desafios como envelhecimento de equipamentos e tensões geopolíticas entre seus principais operadores (NASA e Roscosmos). Enquanto a Rússia planeja lançar sua própria estação orbital, a NASA já investe em estações espaciais comerciais para substituir a ISS.
A Rússia espera ter sua estação espacial totalmente operacional até 2030. Ou seja, no mesmo ano em que a NASA e outras agências espaciais encerrarão as operações da ISS. Os russos planejam expandir a estação com dois novos módulos até 2033
A estação espacial da Rússia vai ficar em uma órbita polar próxima da Terra, a 400 quilômetros acima do planeta. Essa órbita oferece possibilidades únicas para conduzir observações e monitorar áreas estrategicamente importantes para a Rússia, como a Rota do Mar do Norte.