A Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) mantém o acompanhamento do ribeirão que corta a região do bairro Rio Cerro, em Jaraguá do Sul, após o registro da morte de centenas de peixes no último fim de semana.
O curso d’água, que deságua no rio Cerro, afluente do rio Jaraguá, é apontado como possível ponto inicial da contaminação.
Nesta segunda-feira (25), técnicos da fundação voltaram a percorrer toda a extensão do ribeirão, além dos rios Cerro, da Luz e Jaraguá. Durante a vistoria, novos peixes mortos ainda foram encontrados.
Empresas sob vistoria e coleta de amostras
Fiscais da Fujama também visitaram empresas localizadas nas proximidades do ribeirão, em busca de indícios que possam esclarecer a origem da poluição. Amostras de água foram coletadas e encaminhadas para análise laboratorial. O resultado, previsto para sair em um prazo de 15 a 20 dias, deverá indicar o tipo de substância despejada e ajudar a identificar os responsáveis.
Indícios de contaminação pontual
Segundo o biólogo da Fujama, Gilberto Duwe, não foram mais observados peixes agonizando desde domingo.
“Hoje pela manhã a mesma coisa, não vimos peixes se debatendo, o que é um indicativo que o pico da contaminação, possivelmente, ocorreu de forma pontual na manhã de sábado mesmo e eles foram descendo pelo rio. No entanto, mesmo em pequena quantidade, a substância despejada foi extremamente tóxica, resultando na morte dos peixes. Durante toda essa semana, a fiscalização da Fujama seguirá monitorando e vistoriando o rio e empresas da região”, destacou.
Infrações ambientais podem gerar multas milionárias
A legislação ambiental prevê punições severas para quem provoca danos como esse. O lançamento de substâncias que contaminem a água e causem a morte de peixes é considerado infração grave e pode resultar em multas que variam de R$ 5 mil a R$ 50 milhões, além da possibilidade de interdição da atividade responsável.
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