Mais de três décadas após o desastre marítimo em tempos de paz mais mortal da história europeia, os investigadores descobriram a causa da tragédia. Agora, os investigadores podem confirmar que o naufrágio da balsa da Estônia foi causado por uma falha catastrófica da proa, não por uma explosão, colisão ou encobrimento.
Em um novo relatório conjunto (via Reuters), autoridades da Estônia, Suécia e Finlândia confirmaram que a estrutura da proa da balsa desabou durante uma tempestade no Mar Báltico em 28 de setembro de 1994, permitindo que a água do mar inundasse a embarcação em minutos. O desastre ceifou 852 vidas.
Anos de teorias alternativas deixados de lado
Os resultados visam pôr fim a anos de teorias alternativas que ganharam nova atenção após a série documental televisiva de 2020 mostrar danos até então inéditos ao acidente, reacendendo o debate público sobre se houve uma explosão ou colisão.
Após várias inspeções subaquáticas, entrevistas com sobreviventes e modelagem técnica, os investigadores disseram que os buracos vistos no casco foram causados pelo navio colidindo com rochas no fundo do mar, e não por uma explosão.
“As evidências não sustentam alegações de explosão ou colisão”, disseram os investigadores, acrescentando que não há motivo para iniciar uma nova investigação em larga escala. Uma investigação anterior, nos anos 1990, já havia culpado o visor de proa, mas o relatório mais recente tem a intenção de ser a palavra final sobre uma tragédia que assombra a Europa há uma geração.