Na noite de segunda-feira (23), um navio de carga russo chamado Ursa Major afundou no Mar Mediterrâneo após uma explusão na sala de máquinas. O incidente ocorreu ao sul da Espanha, conforme informado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Enquanto 14 tripulantes foram resgatados com segurança, dois permanecem desaparecidos, e as buscas continuam.
Detalhes do acidente
De acordo com as autoridades russas, o Ursa Major seguia viagem pelo Mediterrâneo após atravessar o Estreito de Gibraltar, uma importante rota marítima que conecta o Oceano Atlântico ao Mar Mediterrâneo. A explosão ocorreu dentro da sala de máquinas, resultando no naufrágio da embarcação, que pertence à empresa Oboronlogistika, ligada ao Ministério da Defesa da Rússia.
A empresa Oboronlogistika foi sancionada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos em 2022 devido à sua participação no transporte de bens militares. O navio transportava dois guindastes que seriam utilizados no desenvolvimento de infraestrutura portuária em Vladivostok, segunfo informações divulgadas pela própria empresa.
Impacto ambiental e segurança marítima
A agência de resgate marítimo da Espanha confirmou o afundamento e emitiu alertas para embarcações na área, destacando a “possibilidade de destroços de naufrágio”. Os navios na região foram orientados a manter vigilância constante, afastar-se da área e relatar quaisquer avistamentos de detritos.
Além disso, há preocupações sobre os potenciais impactos ambientais do acidente, considerando o risco de vazamentos de combustíveis e outros materiais tóxicos no ecossistema marinho do Mediterrâneo. Esses impactos podem prejudicar a biodiversidade local e as comunidades que dependem do mar para sua subsistência.
Conexões com a guerra e disputas internacionais
A explosão do Ursa Major também trouxe à tona questões envolvendo as tensões internacionais e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Segundo a Diretoria Principal de Inteligência da Ucrânia (GUR), o navio estava supostamente indo para a Síria para retirar equipamentos militares russos da região. Essa informação foi divulgada horas antes do naufrágio, levantando especulações sobre as circunstâncias do acidente.
Nos últimos dias, os Estados Unidos e aliados também confirmaram que a Rússia tem reduzido sua presença militar na Síria, com movimentações significativas de tropas e equipamentos. Essa retirada pode estar ligada à necessidade de reforçar suas operações militares em outros territórios ou às sanções econômicas que limitam suas capacidades logísticas.
Referência: CNN