
Um adolescente de 16 anos, suspeito de envolvimento em crimes virtuais graves, foi apreendido neste sábado (11) pela Polícia Civil e por meio da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) de Joinville.
Ele é investigado por atos infracionais análogos à extorsão, induzimento ao suicídio, exploração sexual de crianças e adolescentes e também por instigação a maus-tratos aos animais.
Adolescente usava redes sociais em esquema de exploração sexual infantil
Conforme a delegada Georgia Marrianny Gonçalves Bastos, da Polícia Civil de Joinville, o adolescente instigava outras meninas a se automutilar, além de enviar fotos e vídeos com cenas pornográficas.
As investigações tiveram início no estado de São Paulo, onde reside a vítima, e foram posteriormente remetidas à DPCAMI de Joinville para continuidade das diligências.
“Bom Aluno” e perplexidade familiar
Os detalhes apurados pela reportagem do portal ND Mais revelam o perfil do apreendido. O adolescente é descrito como um “bom aluno” e com boas notas na escola, o que gerou perplexidade nos pais ao tomarem conhecimento dos graves crimes.
Grupo criminoso no Discord e Telegram
Conforme a Polícia Civil, os levantamentos identificaram indícios de que o adolescente fazia parte de um grupo criminoso que atuava em plataformas digitais, como Discord e Telegram, para praticar os delitos.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão no bairro Boa Vista, os agentes encontraram o aparelho celular do adolescente, que foi recolhido e encaminhado à perícia técnica. O material deve auxiliar na identificação de outros possíveis envolvidos.

Internação provisória
O mandado foi expedido pelo juízo competente e cumprido com o apoio de policiais civis da unidade especializada. O adolescente foi apreendido e encaminhado à unidade socioeducativa, onde permanecerá internado de forma provisória, à disposição da Justiça.
Alerta sobre segurança digital
A Polícia Civil reforça a importância da proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual, destacando os riscos de exposição nas redes sociais e aplicativos de mensagens.
O órgão também enfatiza o papel das famílias na orientação e supervisão constante do uso da internet por jovens, como forma de prevenir situações de vulnerabilidade e crimes online.