MPF (Ministério Público Federal) ajuizou ação de R$ 300 milhões contra mais de 20 empresas e contra o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), nesta quarta-feira (19), em Dourados, porque atribui aos réus responsabilidade por danos ambientais no Rio Dourados.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Em nota à imprensa, o órgão afirma que a medida busca resposta imediata às falhas na fiscalização do uso de atrazina em lavouras da região. A ação destaca que o objetivo é reparar o impacto acumulado na água usada por comunidades rurais e aldeias indígenas.

  • Leia Também
  • Pescador mergulha e trava luta de 40 minutos com pintado de 1,61 metro
  • Chuva volta a Corumbá após dois meses e traz alívio parcial ao Rio Paraguai

O processo cita estudo da Embrapa que identificou presença de atrazina em todas as 117 amostras coletadas em 2021 na bacia do Rio Dourados. O relatório apontou ainda os metabólitos DEA e 2-hidroxiatrazina em mais de 90% das coletas. A pesquisa concluiu que o quadro representa contaminação crônica porque o herbicida se desloca com facilidade no solo e alcança rios, córregos e poços.

As análises incluíram aldeias como Panambizinho, Jaguapiru e Bororó, onde a substância foi encontrada em água de torneira, poços e riachos. Os técnicos registraram maior movimentação do produto no período chuvoso. O estudo ressaltou que a atrazina é classificada como desreguladora endócrina e não apresenta dose segura definida.

O MPF pede que as empresas deixem de vender produtos com atrazina em Mato Grosso do Sul até nova avaliação técnica. A ação solicita também que o Ibama implante programa de monitoramento de resíduos na bacia. O órgão defende que a reavaliação do herbicida seja imediata porque o cenário indica risco contínuo para a população.

O pedido de urgência estabelece prazo de 60 dias para elaboração de diagnóstico completo da contaminação. A ação exige ainda a criação de um Plano de Recuperação de Área Degradada para o Rio Dourados. O MPF requer que a indenização de R$ 300 milhões seja destinada ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *