Durante visita à área de destinação de resíduos sólidos urbanos de Goiânia, na sexta-feira, 11 de julho, a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema) divulgou nota de esclarecimento em que nega ter autorizado ou certificado o funcionamento do local, que segue sendo considerado um lixão. A entidade afirma que a área não possui condições básicas de segurança ambiental e que a continuidade das operações depende de parecer técnico da Semad-GO (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável).

Esclarecimento oficial

Na nota, a Abrema explica que não atesta, autoriza ou certifica lixões no Brasil e classificou como incorreto qualquer entendimento de que teria validado a estrutura existente em Goiânia. Segundo o presidente da entidade, Pedro Maranhão, somente uma análise técnica rigorosa poderá atestar a viabilidade da operação, que deve ser licenciada pela Semad-GO. Ele recomendou ao prefeito Sandro Mabel a adoção de aterro sanitário licenciado, público ou privado, até que as melhorias no local sejam concluídas.

Situação em Padre Bernardo

No mesmo dia da nota da Abrema, a empresa Ouro Verde assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Semad, após o desmoronamento de lixo no córrego Santa Bárbara, em Padre Bernardo. O acordo estabelece prazos para retirada dos resíduos, construção de ensecadeiras e instalação de poços tubulares. A empresa também foi multada em R$ 37,5 milhões e deve apresentar projeto de nova lagoa de chorume. A Semad monitora a qualidade da água e realiza ações emergenciais em conjunto com a prefeitura. A transposição do córrego começou com uso de motobombas. Nenhum técnico da empresa está presente no local das operações.

 

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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