O Elevador da Glória, um dos símbolos mais icónicos de Lisboa, transformou-se em palco de tragédia a 3 de setembro de 2025.

A composição transportava 38 pessoas de várias nacionalidades. Dezasseis perderam a vida, incluindo o guarda-freios André Marques, que seguia aos comandos. Entre as vítimas mortais contam-se cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um norte-

americano e um francês. Outros 22 passageiros ficaram feridos, alguns em estado grave.A gravidade do acidente, inédita para um funicular em Portugal, coloca este episódio entre os desastres ferroviários mais trágicos da história recente do país, não apenas pelo número de vítimas, mas pela elevada percentagem de mortes em relação ao total de ocupantes.

Para encontrar um desastre ferroviário com um balanço mais pesado é preciso recuar 40 anos, até 11 de setembro de 1985.

Nesse dia, um choque frontal entre o Sud-Express — com destino a Paris e carregado de emigrantes — e um comboio regional que seguia para Coimbra provocou uma das maiores catástrofes ferroviárias da Europa.

O acidente ocorreu entre Mangualde e Nelas, na Linha da Beira Alta, e ficou marcado não só pelo embate violento, mas também pelos incêndios que se seguiram.

O número de vítimas mortais permanece uma incógnita: os primeiros relatórios da CP apontaram para 49 mortos e 64 desaparecidos, mas a carbonização de muitos corpos impediu uma contagem exata. Hoje, os historiadores estimam que tenham morrido cerca de 150 pessoas.

O desastre de Alcafache, tantas vezes recordado como o “11 de setembro português”, continua a ser considerado o pior acidente ferroviário em território nacional.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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