Salesio Nuhs (foto divulgação Taurus)Salesio Nuhs (foto divulgação Taurus)

Salesio Nuhs (foto divulgação Taurus)
Salesio Nuhs (foto divulgação Taurus)

Conversamos sobre política de ESG (Environmental, Social and Governance) da Taurus com Salesio Nuhs, CEO da companhia. A Taurus, que divulgou o seu segundo relatório de sustentabilidade no dia 11 de dezembro, em São Paulo, é a única empresa de defesa do mundo que adotou práticas ESG.

O que levou a Taurus a estruturar a sua política de ESG?

Depois que fizemos a reestruturação da companhia, nós precisávamos ter algo novo. Como falamos muito em tecnologia e inovação, nós entendemos que se uma empresa de defesa se alinhasse às práticas ESG, isso também seria uma inovação.  Foi por causa desse espírito inovador que a Taurus se alinhou às práticas ESG.

Como a Taurus estruturou a sua política ESG?

Como desconhecíamos o ESG, nós contratamos uma consultoria que nos ajudasse a entender esse assunto e avaliar como a Taurus estava em relação às práticas ESG. Para nossa surpresa, a Taurus estava bastante alinhada, mas, evidentemente, havia alguns pontos que precisavam ser aperfeiçoados. Por exemplo, na área social, nós já estávamos muito alinhados às políticas de ESG. Isso porque no nosso modelo de gestão, as pessoas estão no centro de tudo, sendo que a tecnologia e a inovação estão alinhadas às pessoas. Esse alinhamento também se refere na parte de meio ambiente, como controle de gases de efeito estufa e a questão de matriz elétrica.

Depois da estruturação do primeiro relatório de sustentabilidade, nós vimos que se colocássemos um pouco de energia, nós conseguiríamos nos alinhar completamente às práticas ESG. Assim, depois da sua divulgação, nós decidimos criar o departamento de ESG da Taurus. Hoje, nós temos uma coordenação de ESG que é subordinada ao comitê ESG da companhia. A política da Taurus foi sugerida pela coordenação e aprovada pelo comitê.

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Como a Taurus escolheu as suas prioridades?

Como premissa básica, a nossa política de ESG tem que ser uma fonte de produtividade. Ela não pode ser uma fonte de custo, e sim uma fonte de receita.

Para que uma política de ESG possa aumentar a produtividade, a produção e a eficiência de uma empresa, é preciso que ela esteja alinhada à sua realidade. Foi assim que nós estabelecemos três pilares que estão ligados ao E, ao S e ao G. Com relação ao E, nós utilizamos a tecnologia e inovação para investirmos em produtos, materiais e equipamentos que agridam o mínimo possível o meio ambiente. Com relação ao S, nós trabalhamos no desenvolvimento das pessoas. Por fim, com relação ao G, nós escolhemos formar um ambiente colaborativo com tudo aquilo que está no entorno da Taurus, como as famílias dos funcionários, a sociedade, os fornecedores e os clientes.

Como a Taurus tem acompanhado a evolução das suas prioridades?

Como as práticas de ESG são acompanhadas por vários indicadores, ela se torna uma ferramenta de gestão. No primeiro relatório, nós tínhamos a matriz de materialidade. No segundo, nós temos os nove compromissos macros, que são desdobrados em pouco mais de cinquenta indicadores. É através do próprio relatório que fazemos o acompanhamento dos indicadores.

As pessoas estranham uma empresa de defesa ter uma política de ESG?

Muito, e isso é fantástico. Quando a Taurus começou a falar de ESG, eu dei uma entrevista para um importante jornal de São Paulo, que não é favorável ao nosso segmento, cujo jornalista era especialista em ESG. Para nos posicionar, eu comecei a entrevista dizendo que uma empresa de defesa é essencialmente ESG, e quem não tinha essa visão era míope. Isso porque nós estamos preocupados com a soberania do país, com a segurança das pessoas e da sociedade, e com a paz no mundo, já que os países se estruturam na área de defesa para garantir a paz.

Por que as empresas de defesa não possuem políticas ESG?

O ESG é um assunto muito novo, não só na área de defesa, como no mundo. Eu tenho certeza que nos próximos anos, esse assunto será absorvido por todas as empresas de defesa. O importante não é olhar o ESG como um peso, uma obrigatoriedade, mas como um modelo e uma ferramenta de gestão. Quando as empresas descobrirem isso, todas elas, não só na área de defesa, vão optar pelo ESG.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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