Esgoto: um assunto que não se ouve o debate em qualquer que seja o órgão, seja na Assembleia, Nas Câmaras Municipais ou por parte de prefeitos.

No estado a maioria dos municípios ainda utilizam de fossa séptica para dispensar o esgoto doméstico.

Em Itapaci em 2014 foram gastos 13 milhões e segundo informações com aditivo na obra foi para 46 milhões e até no ano vigente a situação é a mesma.

Enterrado nas ruas do município nem se sabe se quando for terminar a rede funcionará.  

Na modernidade e com as doenças surgindo o método é precário e arcaico, além disso trás diversas consequências prejudiciais a saúde pública.

Saiba mais…….

 

O uso de fossas sépticas para descarte de esgoto doméstico, embora seja uma solução individual para locais sem rede de saneamento, apresenta várias consequências e riscos, especialmente se não for instalada ou mantida corretamente:

1. Contaminação Ambiental:

·         Contaminação do Lençol Freático e Água Subterrânea: Este é um dos maiores riscos. Microrganismos patogênicos e poluentes presentes no efluente (líquido que sai da fossa) podem se infiltrar no solo e atingir o lençol freático, contaminando poços artesianos e outras fontes de água, tornando-a imprópria para consumo.

·         Contaminação do Solo: A infiltração do esgoto não totalmente tratado contamina o solo.

·         Poluição de Corpos de Água: O efluente pode atingir rios, lagos e outros corpos hídricos, causando poluição e impactando a fauna aquática (por exemplo, reduzindo o oxigênio na água, o que é um risco de eutrofização).

2. Riscos à Saúde Pública:

·         Transmissão de Doenças: A contaminação da água e do solo por patógenos (bactérias, vírus, protozoários, helmintos) presentes nas fezes e urina pode causar diversas doenças de veiculação hídrica, como:

o    Gastroenterites (diarreia aguda).

o    Hepatite A e E.

o    Cólera.

o    Febre tifoide e paratifoide.

o    Ascaridíase, teníase, esquistossomose, entre outras.

3. Problemas Operacionais e Estruturais:

·         Mau Cheiro: A decomposição inadequada da matéria orgânica pode gerar gases e mau odor.

·         Entupimentos: O descarte inadequado de resíduos (como lixo, óleos e gorduras) na rede pode causar entupimentos na fossa e nos drenos.

·         Necessidade de Manutenção Recorrente: A fossa precisa de limpeza periódica (remoção de lodo), o que pode ter custos.

·         Risco de Desabamento: Em casos de instalação ou manutenção inadequadas.

Importante:

·         A fossa séptica realiza apenas um tratamento primário do esgoto, ou seja, ela apenas retém e decompõe parte da matéria orgânica sólida. O líquido resultante (efluente) ainda precisa de um pós-tratamento (como sumidouro, vala de filtração ou vala de infiltração) para aumentar sua eficiência e reduzir os riscos de contaminação.

·         Modelos mais avançados, como a fossa séptica biodigestora, oferecem um tratamento mais eficiente e minimizam a contaminação, permitindo a reciclagem do efluente para fins não potáveis, como irrigação.

·         A melhor solução em longo prazo é sempre a ligação à rede pública de coleta e tratamento de esgoto (Estação de Tratamento de Esgoto – ETE), onde o tratamento é muito mais rigoroso e atende às legislações ambientais.

 

Esperamos soluções por parte das autoridades em ao menos colocar em pratica os discursões, que possam chegar a um acordo em dar continuidade a essas obras paralisadas em diversos municípios.

Informou TVC Brasil de Noticias

 

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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