Menos de uma semana antes do arranque oficial da campanha para as eleições presidenciais, António José Seguro reuniu-se durante mais de uma hora com o líder do PS num hotel em Lisboa, tendo o candidato começado por “sublinhar e agradecer a reafirmação do apoio” de José Luís Carneiro à sua corrida a Belém.
“A mim não me atrapalha absolutamente nada. Pelo contrário, vejo isso com uma grande naturalidade e com satisfação. Porquê? São candidaturas suprapartidárias, aliás a nossa Constituição diz isso com muita clareza, é a única eleição em que os partidos não podem apresentar candidatos, agora os partidos fazem parte do nosso sistema político, são essenciais ao nosso sistema político”, respondeu, quando questionado sobre se a presença e o apoio do PS o atrapalhavam tendo em conta a sua afirmação de independência.
Seguro considerou que o apoio do PS “é positivo” mas defendeu que “não há contaminação”.
“Nem o doutor José Luís Carneiro se deixa contaminar por mim, nem eu me deixo contaminar pelo Partido Socialista no sentido de alterar a natureza desta candidatura”, enfatizou.
A sua candidatura, nas palavras do ex-líder do PS, dirige-se “a todos os portugueses”, aos progressistas, aos humanistas, aos democratas, afirmando a sua ambição de “ser o Presidente de todos os portugueses e de todas as portuguesas”.
“Tivemos uma reunião muito positiva em que o foco foram os problemas do país e a situação também a nível europeu, designadamente o conflito que ainda existe na Ucrânia”, referiu.
Sublinhando “a disponibilidade para se inovar na situação política em Portugal com uma cultura de compromisso que é centrada nas soluções dos portugueses”, Seguro adiantou que ouviu essa mesma disponibilidade Carneiro.
“Ele próprio me entregou um conjunto de posições que o Partido Socialista já entregou ao primeiro-ministro e para mim, naquilo que considero que deve ser o exercício da minha presidência para o futuro, vejo como um sinal muito positivo que exista a disponibilidade de um grande partido político português para se focar nas soluções para resolvermos os problemas que o país tem e que os portugueses têm”, enalteceu.
O candidato presidencial apoiado pelo PS disse ainda que entregou ao líder socialista – tal como tinha feito no debate com o líder do Chega, André Ventura — a sua “proposta para se elaborar um pacto para a saúde, para salvar o Serviço Nacional de Saúde e para que exista saúde a tempos e horas para todos os portugueses”.
“Queria sublinhar, em primeiro lugar, a importância desta reunião, focada em soluções para resolver os problemas dos portugueses e assinalar com muita satisfação, com muito regozijo, esta disponibilidade para essa cultura de compromisso”, enfatizou.
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