A Rússia atacou Kiev e outras regiões da Ucrânia com mísseis e drones no sábado, na véspera do que o Presidente Volodymyr Zelensky disse ser uma reunião crucial com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para negociar um acordo que ponha fim a quase quatro anos de guerra. Há registo de um morto e 19 feridos no ataque desta noite, com mais de 300 mil habitações sem electricidade.

Relatos vindos da capital ucraniana reportam centenas de milhares de habitantes de Kiev sem acesso a aquecimento após os ataques russos. Durante a noite, as temperaturas descem para terreno negativo, num Inverno rigoroso característico da região. A falta de aquecimento é uma ameaça séria em muitos casos, especialmente para os cidadãos mais idosos e em situações de vulnerabilidade.

Antes dos ataques durante a noite, Zelensky afirmou que as suas conversações na Florida, no domingo, se centrariam no território que seria controlado por cada lado após a suspensão dos combates que começaram em Fevereiro de 2022 com a invasão, por parte do Presidente Vladimir Putin, do vizinho mais pequeno da Rússia, o conflito mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Ouviram-se explosões em Kiev quando as unidades de defesa aérea da Ucrânia entraram em acção, e os militares disseram na aplicação de mensagens Telegram que estavam a ser lançados mísseis. A força aérea informou que drones russos estavam a atacar a capital e regiões no nordeste e no sul.

O alerta de ataque aéreo permaneceu em vigor na capital cerca de quatro horas depois de ser activado. Não houve relatos imediatos de danos ou de cortes de energia.

Controlo do território é impasse diplomático

A Rússia não comentou de imediato os ataques. Na noite de quinta-feira, a Rússia atacou a infra-estrutura energética da Ucrânia e intensificou os ataques à região sul de Odesa, onde se situam os principais portos marítimos do país.

Em meio ao combate continuado e intenso, o território continua a ser o principal impasse diplomático. Um rascunho de 20 pontos na campanha conduzida pelos EUA para alcançar um plano de paz está 90% concluído, disse Zelensky a jornalistas em Kiev.

Acrescentou que um acordo de garantias de segurança entre a Ucrânia e os EUA estava quase pronto – um elemento fundamental depois de garantias em anos pós-soviéticos se terem revelado inúteis.

“Muita coisa pode ser decidida antes do Ano Novo”, publicou Zelenksy nas redes sociais.

Trump afirmou que os Estados Unidos eram a força motriz por trás do processo.

“Ele não tem nada até eu aprovar”, disse Trump ao Politico. “Por isso, veremos o que ele tem.”

Zelensky disse ao Axios que os EUA tinham oferecido um acordo de 15 anos em garantias de segurança, sujeito a renovação, mas que Kiev queria um acordo mais longo, com disposições juridicamente vinculativas para se proteger contra nova agressão russa.

Trump disse acreditar que a reunião de domingo correria bem. Acrescentou ainda que esperava falar com Putin “em breve, tanto quanto desejar”.

Source link

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *