A explosão do foguete HANBIT-Nano impediu que o satélite Jussara-K chegasse ao espaço. O equipamento era um dos oito dispositivos transportados pelo veículo da empresa sul-coreana Innospace e foi desenvolvido sob coordenação do professor Carlos Brito, da Universidade Federal do Maranhão. Brito acompanhava o lançamento a cerca de sete quilômetros da base de Alcântara, no Maranhão. As informações foram publicadas em reportagem de O Globo.

Segundo o pesquisador, o clima inicial era de comemoração entre as equipes, interrompido logo após a decolagem. Brito relata que percebeu algo errado ao notar faíscas no foguete e uma altitude abaixo do esperado para aquele estágio do voo. Pouco depois, a missão foi encerrada com a queda do veículo em solo, após a detecção de uma anomalia, conforme informou a empresa responsável.

Em carta divulgada na terça-feira (23), o CEO da Innospace, Kim Soo-jong, afirmou que o HANBIT-Nano decolou normalmente e iniciou a manobra prevista para inserção orbital, com funcionamento regular do motor do primeiro estágio. Cerca de 30 segundos após o lançamento, porém, uma anomalia levou ao acionamento dos protocolos de segurança, resultando na queda controlada do foguete dentro da zona de segurança terrestre, seguida de chamas provocadas pelo impacto.

Apesar do insucesso técnico, Brito afirmou a O Globo que o risco faz parte do setor aeroespacial e estava previsto contratualmente. Segundo ele, o investimento da universidade se limitou à fabricação do satélite e à compra do deployer, com recursos de parcerias com a Agência Espacial Brasileira e a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão.



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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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