UM queda do avião que vitimou 11 pessoas em Gramado completou um ano nesta segunda-feira (22). O acidente aconteceu em uma das regiões mais movimentadas da cidade, durante o festival que mais traz turistas para a serra gaúcha.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) divulgou novas informações sobre a queda. Até agora, aproximadamente 50% da investigação foi realizado.
Os profissionais ligados à Força Aérea Brasileira ainda fazem coleta de dados sobre os componentes e o sistema da aeronave Piper Cheyenne, do empresário Luiz Cláudio Galeazzique a pilotova. Também são avaliadas questões de segurança da operação, do sistema e componentes, da manutenção e reparos da aeronave.
Uma investigação prossegue nos Estados Unidosna sede da empresa fabricante do motor do avião, com participação dos técnicos do Cenipa. Em fevereiro, uma peça será aberta com o objetivo de tentar identificar alguma falha que possa ter ocasionado a queda.
A Polícia Civil aguarda a conclusão da investigação do Cenipa para também concluir o seu inquérito.
Possíveis causas
Um relatório preliminar do Cenipa, divulgado em janeiro, revelado duas possíveis causas. As primeiras obrigações que a comissão colidiu com um obstáculoapesar dos sistemas operacionais.
Segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Força Aérea Brasileira, em geral, este tipo de acidente tem como principal fator causador do conhecimento incorreto, por parte do piloto, da situação real de sua aeronave em relação ao solo ou a obstáculos no terreno.
No momento do acidente, uma forte cerração atingia o aeroporto de Canela, de onde partiu a aeronave. O estabelecimento não tem estação meteorológica. Também não há torre de controle que pudesse fornecer autorização para pouso e descolagem.
Dessa forma, a decisão de obrigação de viagem foi do piloto. O empresário Luiz Cláudio Galeazzi pilotava o avião.
A outra causa apontada se refere à perda de controle em voo. Segundo definição da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), esse problema ocorre quando há um desvio extremo da trajetória do voo desejado.
Na época do acidente, especialistas ouvidos pela coluna disseram que o avião não deveria ter decolado. A cerração naquele dia não recomendou que houvesse voo e pode ter contribuído para a desorientação espacial do piloto.
Uma aeronave não tinha caixa preta. Também não havia sistema de gravação de áudios.
Ó acidente
O acidente aconteceu próximo à Avenida das Hortênsiasno bairro Avenida Central. A aeronave, de prefixo PR-NDN, decolou de Canela às 9h15min e tinha como destino Jundiaí (SP).
Três minutos depois, o avião fez uma forte curva à direita, colidindo com a chaminé de um prédio em construção. Em seguida, bateu em uma casa e em uma loja de móveis.
No momento do acidente, 10 pessoas da família Galeazzi estavam a bordo do avião com motor a hélice. Todos morreram.
Os destroços também atingiram uma pousadaferindo gravemente duas pessoas com queimaduras. Uma das vítimas, a camareira Lizabel de Moura Pereiramorreu três meses após ser internado. Outras 17 pessoas, que estavam na região onde a aeronave caiu, ficaram feridas.
