Segundo um painel do governo japonês, se um forte terremoto ocorrer diretamente abaixo de Tóquio, estima-se que o número de mortes poderia chegar a 18 mil e os prejuízos girariam em torno dos 83 trilhões de ienes, cerca de 533 bilhões de dólares.
O painel alertou que o desastre seria em uma escala de crise nacional e pediu que toda a sociedade se esforce para mitigar seu impacto.
O painel analisou uma estimativa que havia sido divulgada há 12 anos, levando em conta o progresso em medidas de prevenção de desastres e mudanças sociais registradas durante este período. A nova estimativa de danos foi apresentada na sexta-feira ao ministro de Gerenciamento de Desastres, Akama Jiro.
Nesta nova avaliação foram examinados 24 possíveis cenários de terremotos, com focos localizados dentro e ao redor da área metropolitana de Tóquio.
Em um dos cenários, um terremoto de magnitude 7,3 aconteceria diretamente abaixo do sul do centro de Tóquio, estimando-se que uma grande área, incluindo a capital e as províncias vizinhas de Saitama, Chiba e Kanagawa, sofreriam um tremor de pelo menos 6 fraco na escala japonesa que vai de 0 a 7. Algumas áreas poderiam registrar a intensidade máxima de 7.
Segundo esta estimativa, na pior das hipóteses, com o sismo acontecendo em uma noite de inverno com fortes ventos, o número de mortos poderia subir para 18 mil e 400 mil edifícios poderiam ser destruídos por tremores ou incêndios. A avaliação afirma ainda que cerca de 70% dos prejuízos seriam causados por incêndios.
Os números estimados de mortos e de edifícios danificados seriam cerca de 20% a 30% menores do que na estimativa anterior, refletindo o progresso na construção de casas mais resistentes a terremotos e na redução de áreas densamente construídas. Apesar disso, os danos estimados continuam sendo devastadores.
Até 24 milhões de pessoas poderiam ser afetadas por cortes no fornecimento de energia e até 8,4 milhões poderiam não conseguir voltar para casa.
