O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) divulgou o relatório final sobre o incidente envolvendo uma aeronave que transportava o DJ Alok e sua equipe em maio de 2018. O caso ocorreu durante uma decolagem no Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora (MG), quando o jato saiu da pista. Nenhuma das nove pessoas no bordo ficou ferida.
A aeronave era um jato Cessna 560XL, prefixo PR-AAA, ocupado por dois pilotos e sete passageiros. De acordo com o relatório, o avião tentou decolar com peso acima do limite máximo permitido pelo fabricante. O excesso foi estimado em cerca de 175 quilos, considerando um peso máximo entre 9.072 kg e 9.247 kg, a depender da configuração da aeronave.
Segundo a investigação, o excesso de peso teve origem no embarque de três passageiros sem progresso prévio ou comunicação à tripulação. Com isso, o peso total da aeronave não foi atualizado no sistema de gerenciamento de voo antes da descolagem, comprometendo os cálculos operacionais.
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O Cenipa inclui falhas humanas ao longo do processo, incluindo problemas no planejamento de voo e falhas de comunicação entre o operador da aeronave e a tripulação. O relatório também menciona a complacência diante dos alertas apresentados pelos sistemas de bordo.
Durante uma tentativa de descolagem, o painel da aeronave indicou por duas vezes o aviso crítico “NO TAKEOFF”, que sinaliza configuração intuitiva para a manobra. O documento registra que, no dia anterior ao incidente, o mesmo alerta foi planejado sem gerar consequências, fator que contribuiu para que o aviso não fosse especificamente considerado.
Cenipa diz que caso envolveu Alok é grave
A decisão de interromper a decolagem ocorreu apenas quando a aeronave já estava em alta velocidade. Nesse ponto, não houve espaço suficiente para a parada dentro dos limites da pista, o que foi feito na chamada “excursão de pista”, termo utilizado para a ultrapassagem da área pavimentada. O jato acabou parando em uma ribanceira próxima, danos graves como leves.
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No relatório final, o Cenipa enquadra o episódio como um incidente grave. O órgão ressalta, no entanto, que a finalidade da investigação é preventiva. O documento afirma que o objetivo é identificar fatores contribuintes e aprimorar a segurança operacional, sem referir culpas ou responsabilidades de natureza criminal.