O julgamento dos seis réus pelo caso da explosão de uma embarcação ocorrida em 7 de junho de 2019, em Cruzeiro do Sul, está marcado para o dia 22 de janeiro de 2025, quando eles irão a júri popular. A previsão é de que a sessão se estenda por mais de um dia, em razão do número de pessoas a serem ouvidas e das etapas previstas no rito do Tribunal do Júri.

Ao todo, devem participar mais de 10 pessoas, entre réus, testemunhas e vítimas. Além dos interrogatórios e oitivas, estão previstos os debates entre acusação e defesa, com possibilidade de réplica e tréplica.

Os seis acusados foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual, e lesão corporal grave. A empresa responsável pelo transporte do combustível também responde a processo por crime ambiental. Os nomes dos réus não foram divulgados.

Segundo a investigação, a embarcação explodiu durante o abastecimento por um caminhão-pipa que transportava cerca de cinco mil litros de gasolina, que seriam levados em vasilhas para o município de Marechal Thaumaturgo. Além do combustível, o barco também transportaria passageiros e outras cargas.

Foram indiciados:

o proprietário do barco;

um ex-proprietário da embarcação, que estava no local no momento da explosão;

um funcionário do proprietário do barco;

o caminhoneiro responsável pelo carregamento da gasolina;

o proprietário do combustível;

o irmão do proprietário do combustível.

A explosão resultou na morte de seis pessoas e deixou 12 feridos. O caso foi apurado pela Polícia Civil do Acre com apoio da Marinha do Brasil. Durante a investigação, 18 pessoas foram ouvidas.

À época, a Polícia Civil concluiu que houve assunção de risco ao permitir o transporte de grande quantidade de combustível juntamente com passageiros. Parte das vítimas precisou de tratamento fora do domicílio, em outros estados.

Entre os mortos estavam Marluce Silva dos Santos, de 38 anos, e a filha dela, Yohana Santos da Conceição, de 9 meses. As outras vítimas fatais foram Simone Souza Rocha, 24; Antônio José de Oliveira da Silva, 33; Valdir Torquato da Silva, 51; e Jucicleide Ferreira da Silva, 42.

O júri popular marcado para 22 de janeiro de 2025 deverá definir a responsabilidade penal dos acusados em um dos casos mais graves de acidentes fluviais já registrados na região do Juruá.

Jurua24horas

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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