A Philip Morris Brasil (PMB) destacou, em sua participação na COP30, o modelo de gestão da Philip Morris International (PMI), que integra metas climáticas à governança financeira. No painel promovido pela AMCHAM, o CEO da Philip Morris Brasil, Branko Sevarlic, explicou que, para catalisar o progresso e garantir o alinhamento em toda a companhia, o PMI vincula seu desempenho em sustentabilidade à remuneração dos executivos. O desempenho é monitorado pelo Índice de Sustentabilidade do PMI. Para esse fim, o Índice está atrelado a 30% do prêmio de performance share unit (PSU), com um ciclo de desempenho de três anos. “Este mecanismo nos permite avaliar como bem estamos atuando em sustentabilidade, possibilitando que stakeholders como governos, agricultores e o setor financeiro acompanhem o progresso”, afirmou Sevarlic.
Segundo o executivo, o PMI participa de avaliações ESG e possui reconhecimentos em clima, engajamento de fornecedores e relatórios integrados. No Brasil, a PMB foi a primeira empresa a receber a certificação Igualdade Salarial, em 2019. Além disso, a fábrica da PMB em Santa Cruz do Sul (RS) alcançou a neutralidade de carbono em 2022. “Esses reconhecimentos mostram que nossa transformação é mensurável e inclusiva”, destacou Sevarlic.
Reforçando esse compromisso, o PMI figura pelo terceiro ano consecutivo na lista Net-Zero da Forbes, mantém reconhecimento de longos dados pelo CDP Supplier Engagement e ocupa uma das três primeiras posições no HACE Corporate Child Labour Benchmark 2025.
Resultados de campo no Brasil: resiliência hídrica e climática
Entre os programas patrocinados pelo PMB, o Protetor das Águas, realizado em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), tornou-se um dos principais cases da empresa. Criado em 2011, reúne produtores dedicados à preservação de nascentes e áreas de mata nativa em Vera Cruz (RS).
A iniciativa liderada por certificações internacionais como a AWS Platinum e já otimizou 140 mil m³ de água – 1,4% da meta global da companhia. O programa também oferece aos produtores o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), mecanismo que remunera quem protege o meio ambiente. A companhia foi uma das primeiras no país a integrar esse modelo de financiamento. “O mecanismo foi fundamental para transformar uma prática que era vista como sem valor agregado em uma fonte de renda para os produtores”, afirmou a vice-presidente de Operações, Clarissa Prass, durante painel promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.
O programa mostrou resultados expressivos após as enchentes de 2024: áreas preservadas tiveram menor impacto e maior drenagem natural. Em Vera Cruz, houve redução de 60% no custo de tratamento de água e aumento do vazão do córrego local.
Agricultura familiar regenerativa
A agricultura familiar regenerativa é outra pauta da Philip Morris Brasil. O Projeto Auéra, por exemplo, desenvolvido com a Embrapa desde 2019, incentiva práticas de manejo sustentável do solo e da água. A experiência desenvolveu iniciativas como o programa Solo Protegido, do Sinditabaco, ampliando ações de conservação para toda a cadeia.
Para Marco Follador, gerente de Clima e Natureza, ampliar projetos regenerativos dependentes da articulação entre empresas e governos. “Ao colocar a sustentabilidade no centro da estratégia, geramos valor para acionistas e comunidades. É esse o desenvolvimento sustentável que temos de procurar”, afirmou durante o painel promovido pelo Banco da Amazônia (BASA).
