As toxinas são ingeridas por animais marinhos e se acumulam em seus organismos. Elas se concentram no fígado de peixes e nas glândulas digestivas de crustáceos e moluscos, chegando à mesa das comunidades que dependem da pesca para se alimentar.

Impacto na renda e na saúde

Um estudo realizado após o vazamento mostrou que mais de 30% dos pescados analisados continham compostos cancerígenos. Outra pesquisa, focada em marisqueiras do Ceará, revelou que o medo da contaminação fez a venda de pescados cair a zero, diminuindo drasticamente a renda dessas famílias.

Além dos riscos à saúde, o derramamento afeta todo o ecossistema marinho. O petróleo torna a água turva, o que reduz o oxigênio e prejudica a fotossíntese das algas, afetando a base de toda a cadeia alimentar.

‘Não é acidente, é projeto’

Uma moradora de um território afetado pela exploração de petróleo descreve a dura realidade local. “O meu território é um território atravessado por poços de petróleo. (…) A gente tem o nome da coroa chamada Lama Podre, porque a lama é podre. E pescador que mergulha naquela área tem morte súbita”, relata.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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