
A Prefeitura de Mongaguá, no litoral sul de São Paulo, está multando diariamente, desde segunda (17), a Sabesp após constatar lançamento de esgoto sem tratamento diretamente no mar. Um escândalo ambiental que afeta moradores, trabalhadores do turismo e milhares de visitantes às vésperas da temporada de férias.
O cenário é alarmante: mancha preta, mau cheiro e todas as praias da cidade classificadas como impróprias para banho pela Cetesb — algo sem precedentes, segundo o próprio secretário municipal do Meio Ambiente do município.
Enquanto a população sofre e a economia local é golpeada, a Sabesp — que o governo Tarcísio e Freitas entregou para o mercado — demonstra como a gestão prvada trata a população e o meio ambeinte: com descaso à vida e violação de direitos.
Um histórico de crimes ambientais
O caso de Mongaguá não é isolado. A Sabesp privada coleciona episódios de irresponsabilidade ambiental, com destaque para a grave contaminação no Guarujá e o despejo de esgoto sem tratamento no Rio Tietê. Mesmo após décadas de investimentos públicos, o rio segue vítima de poluição constante, muitas vezes associada a falhas, omissões e descuidos operacionais da companhia.
Esse histórico mostra que não estamos diante de um acidente pontual, mas de um padrão grave, que afeta ecossistemas, compromete a saúde pública e destrói a confiança da sociedade.
Privatização é sinônimo de menos controle e mais risco
Não é coincidência que esses episódios se agravem justamente no contexto da privatização.
Quando o foco passa a ser lucro, e não proteção ambiental, as medidas de controle, prevenção e segurança se tornam secundárias. E quem paga a conta é o povo: com praias contaminadas, contas abusivas, rios degradados e riscos diretos à saúde e à vida.
Enquanto isso, a Sabesp tenta se eximir de responsabilidade, alegando operação “normal” — mesmo diante de uma cidade inteira com praias reprovadas e evidências de poluição visível. A empresa culpa a chuva; a população convive com o esgoto.
Para a direção do Sintaema, “o episódio em Mongaguá é mais um alerta do que representa tirar o controle público da água e do saneamento.
Quem opera para acionistas não garante proteção ambiental. Quem persegue tarifa e lucro não prioriza a vida”.
A população de São Paulo merece transparência, responsabilidade e compromisso — não desculpas.
Sintaema – Na defesa do saneamento, do meio ambiente e da vida.

