A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro provocou uma onda imediata de repercussão nas redes sociais e se tornou, desde as primeiras horas da manhã do último sábado (22/11), o principal tema do debate público digital. De acordo com levantamento da Quaest, que coletou dados até as 14h de ontem, foram registradas cerca de 447 mil menções, feitas por 128 mil autores, alcançando 116 milhões de contas.

O tema ganhou força logo pela manhã por volta das 7h, quando começaram a circular as primeiras notícias sobre a decisão judicial. De acordo com a apuração da pesquisa, a velocidade do crescimento indica que o assunto dominou o debate ao longo do dia, mantendo alta tendência de polarização.

O monitoramento aponta que 42% das menções têm teor negativo, impulsionadas por apoiadores de Bolsonaro que tratam a prisão como perseguição política. O grupo reforça a narrativa de injustiça e denuncia suposto uso político do Judiciário.

No sentido oposto, 35% das interações são positivas, majoritariamente de perfis ligados à esquerda, que celebram a decisão em tom de vitória política. As duas frentes alimentam um ambiente de conflito crescente, com forte engajamento.

Entre parlamentares, o comportamento segue a mesma lógica: a base governista comemorando a prisão e a oposição reagindo com indignação, classificando o episódio como tentativa de silenciar o ex-presidente. A chegada de congressistas a Brasília, prevista ao longo do dia, nesta segunda-feira (24), tende a elevar o tom e a mobilização, tanto nas redes quanto no ambiente institucional.

Caso supera outros episódios recentes

A repercussão registrada pela Quaest supera, com folga, outros temas de grande impacto deste ano. A prisão preventiva de Bolsonaro atingiu 56 mil menções por hora, ultrapassando temas como o próprio Julgamento do ex-presidente com 44 mil menções, a megaoperação no Rio de Janeiro com 37 mil menções, a aplicação da Lei Magnitsky com 31 mil menções, a PEC da Blindagem com 24 mil menções e o Caso Felca com a Adultização, com 5,5 mil menções.

A Quaest destaca que o impacto supera também o episódio da condenação anunciada em 11 de setembro. Naquela ocasião, o crescimento foi gradual; agora, houve uma explosão imediata de menções, impulsionada pela surpresa do anúncio e pela reação simultânea de perfis governistas e oposicionistas.

Para os próximos dias, de acordo com a pesquisa, a tendência observada pelos analistas é de crescimento contínuo conforme novos desdobramentos jurídicos e manifestações políticas surgirem.


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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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