O tema do Enem 2025 não foi escolhido por acaso. O envelhecimento da população brasileira é uma bomba-relógio. Quando 4,8 milhões de estudantes fizeram o Enem 2025 e escreveram sobre o envelhecimento da população brasileira, poucos sabiam que segundo o IBGE, até 2030 o Brasil terá mais idosos do que crianças e adolescentes. Mas enquanto jovens dissertavam sobre o futuro, o advogado Marcus Maida, com 25 anos de atuação no setor da saúde, já construira soluções para que essa realidade não vire um caos social.

“O Brasil não está preparado”, afirma Maida, que já trabalhou no Hospital das Clínicas de São Paulo e, atualmente é investidor na área da saúde pública e privada. “A gente tem muita regulação no setor, mas ainda tem muito amador fazendo as coisas nesse mercado”.

A situação é urgente. Até 2030, em apenas 5 anos, o Brasil terá mais idosos do que crianças e adolescentes. Isso significa que casas de repouso, hospitais e todo o sistema de saúde precisam se adaptar rapidamente – mas a maioria ainda funciona de forma amadora.

“Antigamente era simples: alugava uma casa, colocava os idosos lá dentro, contratava um enfermeiro e pronto”, explica Maida, que também é analista e consultor de empreendedorismo em vários programas da televisão brasileira. “Hoje não funciona mais assim. As regras mudaram, a fiscalização aumentou, e quem não se organizar vai quebrar”.

Problema e solução

Maida chama atenção para algo que poucos percebem: casas de repouso não podem ser apenas lugares para cuidar da saúde dos idosos. Elas precisam ajudar as famílias a se organizarem.

“De onde vem o dinheiro que mantém aquela pessoa na casa de repouso? Da aposentadoria? Da família? E quando a pessoa morrer, os bens estão organizados? Tem testamento? Os filhos sabem onde estão os documentos?”, questiona. Segundo ele, as casas de repouso são a primeira linha de contato com as famílias e poderiam oferecer serviços extras que fazem diferença.

Com a reforma tributária começando a valer no ano que vem, Maida é direto: muitas empresas de saúde vão sofrer. “Vai ser negativo para quem não está organizado e positivo para quem está. Simples assim”, resume.

A solução? Organização e tecnologia. “A tecnologia não é inimiga, é amiga do setor. Ficar longe das novas tecnologias é um erro que vai custar caro”, alerta o especialista, que também é autor de livros sobre direito digital e TEDx Speaker.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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