Alessandro Vieira assume a relatoria com foco na integridade do debate sobre segurança

Senador Alessandro Vieira é escolhido para relatar o PL Antifacção, evitando contaminações políticas.
Davi Alcolumbre apresenta Alessandro Vieira como relator do PL Antifacção
Na manhã desta terça-feira (18), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou que o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) será o relator do Projeto de Lei Antifacção, que aguarda chegada à Casa Alta após análise na Câmara dos Deputados. A escolha de Vieira busca evitar a contaminação política na discussão de um tema tão crucial para a segurança pública.
Alcolumbre afirmou que diversos senadores manifestaram interesse em relatar o projeto, citando especificamente Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sergio Moro (União-PR), ambos alinhados à oposição. “O senador Flávio Bolsonaro, assim como o senador Moro e outros, solicitaram para relatar essa matéria”, explicou Alcolumbre. No entanto, a escolha por Vieira foi feita de forma “equilibrada e consciente”.
Razões para a escolha de Alessandro Vieira
O presidente do Senado destacou a importância de proteger o projeto de discussões políticas acaloradas que ocorrem na Câmara dos Deputados. “Na condição de presidente do Senado Federal, eu gostaria de proteger esse projeto do debate que estamos vivenciando na Câmara entre situação e oposição. Proteger esse projeto, proteger esse relatório, é defender verdadeiramente os brasileiros”, afirmou Alcolumbre.
Alessandro Vieira, que não está alinhado automaticamente nem à oposição nem ao governo, foi visto com bons olhos pelos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes mesmo do anúncio, o que demonstra a expectativa em torno de sua nomeação.
A escolha do relator antes da chegada do projeto
É pouco comum que o relator de um projeto seja escolhido antes de sua chegada ao Senado. Alcolumbre indicou que a decisão foi tomada para apaziguar os ânimos de governistas e oposicionistas, que têm se engajado em uma disputa intensa em torno da proposta. “Felizmente, nós não teremos no Senado Federal a contaminação da votação de uma matéria tão importante para o Brasil”, garantiu.
O respaldo a Alessandro Vieira
Davi Alcolumbre também fez questão de ressaltar a capacidade de Alessandro Vieira para assumir essa função. Ele mencionou que Vieira já é relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Crime Organizado, evidenciando sua experiência na área. “Se o Senado teve a sabedoria de escolher um delegado que serve o Brasil como senador da República para ser relator da CPI, tenho certeza de que todos nós estaremos representados por esse delegado senador como relator dessa matéria importantíssima”, completou Alcolumbre.
O contexto do projeto Antifacção
O debate em torno do PL Antifacção ganhou força nas últimas semanas, especialmente após a escolha de Guilherme Derrite (PP-SP) como relator na Câmara. Derrite, que é secretário de segurança licenciado de São Paulo, é uma figura proeminente do governo paulista e tem sido associado a uma linha mais dura na segurança pública, o que gerou controvérsias entre diferentes setores da sociedade.
Nas últimas semanas, as discussões sobre o projeto tiveram idas e vindas, e o relatório de Derrite já passou por várias versões. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), prometeu que a deliberação ocorreria nesta terça-feira, tornando a situação ainda mais dinâmica e incerta.
A escolha de Alessandro Vieira como relator do PL Antifacção não apenas sinaliza uma tentativa de neutralizar as tensões políticas atuais, mas também busca garantir que o debate sobre segurança pública ocorra de forma justa e representativa, longe das influências partidárias que podem distorcer a discussão essencial para o Brasil.
Fonte: www1.folha.uol.com.br
Fonte: Agência Senado



