A Polícia Civil de Garça divulgou no sábado o resultado preliminar da análise da água de duas garrafas apreendidas logo após o caso de intoxicação envolvendo um garcense, que passou mal e foi parar no hospital após ingerir o conteúdo de uma delas. O laudo constatou a presença de substância ácida não compatível com água mineral, e apontou ainda que as garrafas foram adulteradas.

O caso, apurado em inquérito comandado pelo delegado Adriano Marreiro, chefe do Setor de Investigações Gerais (SIG da delegacia do Município, ocorreu no dia 10 de outubro. As duas garrafas apreendidas estavam abertas e o conteúdo foi parcialmente consumido pela vítima, Alexandre Carpine.

Após o consumo, ele deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) com sintomas de intoxicação, como vômito com presença de sangue e forte queimação na garganta. Posteriormente, ele foi encaminhado para Hospital São Lucas e e recebeu alta cinco dias depois. As garrafas estavam na geladeira da sala de reuniões do local de trabalho de Alexandre. Em entrevista na época, Alexandre relatou que assim que deu os primeiros goles, sentiu algo estranho. 

No documento divulgado pela polícia, os peritos apontam que o líquido nas duas garrafas tinha cor amarelada e presença de gás ao serem abertas para análise, que constatou ainda a presença do ácido, mas sem conseguir identificar o tipo de substância que seria.

“As demais amostras do mesmo lote, coletadas em distribuidoras e na empresa [onde as garrafas são envasadas], estavam íntegras e sem qualquer anormalidade, afastando indício de falha na produção”, esclarece o delegado Adriano Marreiro, responsável pelas investigações.

Ainda de acordo com o delegado, o resultado é preliminar e ainda depende de análise química complementar para identificação exata da substância encontrada, que será realizada pelo Núcleo de Química. “As investigações continuam para apurar onde se deu a contaminação e a autoria”, finaliza o delegado.

Já a empresa responsável pelo envase da água Mineratta, que fica em Pinhalzinho, Paraná, informou que segue rigorosos controles internos de qualidade. A companhia afirmou que realiza o envase de diversas marcas do mercado, e que acompanha o caso em Garça desde o momento em que foi notificada.

Além disso, alega também que colabora com as autoridades responsáveis pelas perícias, que serão realizadas novamente tanto no município quanto em Pinhalzinho.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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