É um animal da América do Sul e também habita o Brasil
15 nov
2025
– 09h09
(atualizado às 18h15)
Na década de 1920, o zoólogo soviético Nikolai Vereshchagin iniciou um ambicioso projeto para “reviver” a fauna do Cáucaso. A ideia, parte de uma estratégia conhecida como “aclimatação”, era introduzir espécies não nativas para enriquecer a biodiversidade local e gerar benefícios econômicos com a caça e o comércio de peles. Sete décadas depois, o resultado de um desses experimentos se revelou um desastre ecológico que ainda não tem solução.
A história é mais um exemplo assustador dos riscos de introduzir espécies exóticas sem planejamento. O protagonista desta catástrofe é o ratão-do-banhado (ou nutria), um roedor gigante nativo da América do Sul (que também habita o Brasil).
Apenas 213 espécimes foram transportados da Argentina e soltos nos pântanos do Azerbaijão. Quase um século depois, a devastação causada por eles é imensa.
De casaco de luxo a praga incontrolável
O motivo original para trazer o ratão-do-banhado foi sua pele de alta qualidade, usada para confeccionar casacos e chapéus de luxo. O que começou como um projeto de exploração de recursos rapidamente se tornou um pesadelo ecológico. Sem os predadores naturais de seu habitat original, os roedores se adaptaram perfeitamente e se multiplicaram em um ritmo alarmante.
O ratão-do-banhado é hoje considerado uma das 100 espécies invasoras mais perigosas do mundo. Com adultos que chegam a 60 cm de comprimento (sem contar a cauda de 30 cm) e pesando mais que um cachorro Jack Russell, eles são máquinas de destruição de …
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