Correspondente SIC
O principal alvo de Moscovo eram as infraestruturas energéticas, já bastante fragilizavas, mas foram as zonas residenciais que sofreram mais no ataque da última noite contra a capital ucraniana. As forças russas lançaram 430 drones de ataque e 19 mísseis.
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A capital ucraniana sofreu um dos mais violentos ataques desde o início da invasão, que fez seis mortos e mais de 30 feridos. A reportagem é da correspondente da SIC em Kiev, Iryna Shev.
Explosão atrás de explosão. As equipas de defesa aérea trabalharam, sem parar, até de manhã.
O som das explosões já se tornou habitual para quem vive na capital ucraniana.
Desta vez, as forças russas lançaram 430 drones de ataque e 19 mísseis. Foram atingidos praticamente todos os bairros da cidade.
Lídia foi retirada de casa pelos socorristas, depois de o prédio onde vive se ter incendiado.
“Eu vi aquilo a passar pelo nosso prédio e pronto. Depois parece que adormeci, talvez uns vinte minutos. E então houve uma explosão e caiu tudo em cima de mim. Os vidros, a varanda desfez-se, a porta da casa de banho foi arrancada”, relata Lídia, um moradora ouvida pela SIC.
Os moradores afetados não sabem quando, ou se, vão poder regressar a casa. Pede, por essa razão, para que o Ocidente preste mais atenção aos ucranianos.
“Nós somos pessoas inocentes, simples, e as nossas crianças também são inocentes. Eu pensava que os meus netos nunca veriam isto… e eu própria nasci logo depois da guerra. Pensava que não iria ver guerra, mas os meus netos estão a viver uma… Quero agradecer-lhes (aos europeus) e quero que nos prestem mais atenção. Mais, mais atenção. Porque nós aqui estamos a sofrer, e é terrível”, apela a mesma moradora.
O principal alvo de Moscovo eram as infraestruturas energéticas, já bastante fragilizavas, mas foram as zonas residenciais que sofreram mais.
