A cafeteira transformada
Com o apoio do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul, vinculado ao Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), Ana Paula e seus orientadores, os pesquisadores Pedro Barreto e Rodrigo Hoff, começaram a testar soluções.
Inspirada por um estudo anterior que utilizava cafeteiras para análise de solo, ela adaptou uma máquina de café espresso para realizar a extração de contaminantes dos pescados, utilizando o princípio da extração por líquido pressurizado, que emprega alta temperatura e pressão para extrair substâncias.

A adaptação consistia em colocar as amostras de pescado dentro das cápsulas de café espresso, com o solvente sendo forçado através da matriz, simulando um processo químico normalmente realizado com equipamentos mais caros. “Com algumas adaptações, conseguimos transformar uma simples máquina de café espresso em uma solução científica para um problema real”, afirma Ana Paula.
O método teve sucesso, e com a aquisição de um equipamento específico para uso laboratorial, o processo foi otimizado, tornando-se mais rápido e automatizado. Hoje, esse método é utilizado oficialmente nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária do Mapa, sendo o primeiro protocolo oficial do Brasil para monitoramento de contaminantes petrogênicos em pescados.
