Estimated reading time: 4 minutos
Os dois primeiros episódios de Pluribus já estão no ar no Apple TV, e eles respondem perguntas importantes, como o que causou o apocalipse na trama.
A nova série do criador de Breaking Bad, Vince Gilligan, é uma ficção científica, também situada em Albuquerque, onde a mulher mais miserável do mundo tem que salvar a humanidade da felicidade eterna.
Como essa felicidade eterna chegou? É isso que explico neste artigo. Portanto, fique avisado que o conteúdo a seguir contém spoilers!


Cientistas norte-americanos captaram uma frequência de rádio com uma mensagem chegando à Terra. A princípio, achavam que era Código Morse, mas mais tarde descobriram ser uma sequência de RNA — uma espécie de ponte que transfere a informação genética codificada no DNA.
As autoridades norte-americanas transcreveram esse código e começaram a fazer experimentos com ele em animais. Um dia, em um acidente em um laboratório, um rato mordeu uma cientista, desencadeando uma contaminação em massa.
As pessoas contaminadas atingem o êxtase instantaneamente, entrando em uma zona de felicidade eterna e se juntando a uma mente coletiva com todos os outros contaminados. O causador da contaminação parece ser um vírus, mas não é exatamente um. É basicamente um conversor de DNA que transforma o eu em nós.
A transferência de dados acontece pela saliva — e, ao que parece, por imagens exibidas em telas também.
Os primeiros membros da mente coletiva cooptaram as autoridades governamentais primeiro. As forças armadas descobriram a contaminação, e houve uma breve guerra pelo controle da Terra. No fim, as pessoas coletivas venceram e contaminaram todo o planeta com a felicidade eterna, exceto por 12 pessoas, uma em especial: Carol (Rhea Seehorn).
Carol é autora de uma franquia de livros best-seller que ela odeia. A protagonista é, na verdade, descrita como a pessoa mais miserável da Terra. Ela não só é imune à conversão de DNA, como provoca interferências na transmissão coletiva com sua energia negativa pesada.
Quando o apocalipse acontece, a esposa de Carol acaba perdendo a vida por acidente. As pessoas coletivas, cuja natureza é completamente empática, querem ajudar com o que for possível para fazer Carol superar o luto e ter uma boa vida. Há também interesse por parte deles em descobrir como fazê-la se juntar ao coletivo. A protagonista, no entanto, não quer isso. Pelo contrário: ela acha tudo bizarro e quer acabar com essa era “paz e amor” do mundo, cujas pessoas até parecem zumbis escravos.
Os seres coletivos se amam e ajudam uns aos outros e, por definição de código, são incapazes de matar ou ser egoístas. De fato, bilhões de pessoas agem como se fossem uma — fica explicada a razão do título da série ser Pluribus, palavra em latim que significa “De muitos, um“.
Portanto, o que causa o apocalipse na Terra não é diretamente uma invasão alienígena — como era especulado — tampouco um vírus conhecido. É algo novo e criativo que instiga o futuro da série, pois as perguntas que ficam no ar são: Quem enviou esse código? Quando o enviou? Que intenção tinha? Descobriremos no futuro.
Com uma 2ª temporada garantida, Pluribus seguirá ganhando episódios inéditos no Apple TV todas as sextas-feiras.
