Painéis com Petrobras, TotalEnergies, Equinor, Shell, GALP e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reforçam como o investimento em tecnologia é a chave para destravar com segurança novas fronteiras energéticas.

A reta final da OTC Brasil 2025, que se encerrou no dia 30 de outubro (quinta-feira), na ExpoRio, foi marcada pela conexão direta entre o futuro da produção energética e o investimento maciço em inovação. Os painéis consolidaram a visão de que o potencial de novas fronteiras, como a Margem Equatorial, só pode ser destruído com segurança e baixo carbono graças aos bilhões de reais investidos anualmente em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no país.

No painel dedicado à Margem Equatorial, no fim da tarde do dia 29 de outubro (quarta-feira), a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, definindo a região como a “próxima grande fronteira” do setor. —Vemos uma esperança muito grande na região— afirmou, detalhando que o poço em profundidade possui profundidade total de 7.081 metros. Reforçando o potencial da área, Artur Nunes da Silva, presidente nacional da TotalEnergies no Suriname, apresentou o projeto GranMourgu, que demonstra ser possível “unir eficiência, inovação, responsabilidade ambiental e impacto social” em uma reserva estimada em quase 760 milhões de bairros.

Para viabilizar operações dessa complexidade, um painel com líderes de P&D de grandes operadoras (Shell, TotalEnergies, Equinor, GALP e Petrobras) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no dia 30 (quinta-feira), mostrou como a tecnologia tem sido essencial para esse avanço. A cláusula de P&D da ANP, que destina 1% de recursos para inovação, foi apontada como pilar fundamental. Segundo Mariana França, superintendente adjunta da ANP, esses recursos somam R$ 4 bilhões em 2024 e são o “principal mecanismo de fomento energético à transição” no Brasil.

Os executivos detalharam como esse recurso é usado para enfrentar o desafio de gerar mais energia com menos emissões. A Petrobras informou que a cláusula já foi recuperada em R$ 3 bilhões investidos pela estatal em infraestrutura e 1.400 patentes, com mais US$ 1 bilhão previsto para P&D nos próximos cinco anos. A Equinor destacou parcerias com universidades como a UFRJ em robótica e a TotalEnergies citou o uso de drones (AUSEA) para detectar e medir emissões de CO₂ e metano nas operações.

A GALP, por sua vez, possui 45 projetos ativos financiados pela cláusula de P&D, enquanto a Shell destacou iniciativas em descarbonização, energia solar e GNL. O consenso é que o investimento em P&D é o que permite à indústria avançar em direção a um futuro energético mais eficiente e sustentável.

No contexto da descarbonização, ganhou destaque em outro painel de um estudo apresentado pelo professor Florian Pradelle, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em colaboração com a Shell Brasil, que mostrou as alternativas para o cumprimento das metas de redução de emissões em 40% até 2040, condições pela Organização Marítima Internacional (IMO).

O estudo analisou quatro rotas para a descarbonização do transporte marítimo. —O objetivo foi identificar a solução mais competitiva, com o melhor prêmio em relação ao combustível fóssil— explicou Pradelle. O estudo apontou que, embora as rotas com metanol e amônia ofereçam maior potencial de descarbonização, elas enfrentam barreiras significativas de volume e custo, tornando-as inviáveis ​​para a maioria das operações de longa distância. A pesquisa destaca a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura, além do fortalecimento de marcos regulatórios e de incentivos financeiros.

OTC 2025 —A OTC Brasil 2025 é realizada na ExpoRio Cidade Nova de 28 a 30 de outubro(terça a quinta-feira) e conta com o patrocínio Master da Petrobras; patrocínio Diamond das empresas Shell e TotalEnergies; patrocínio Platinum da Equinor, ExxonMobil, Petronas, Prio e TechnipFMC; patrocínio Ouro da Brava, Chevron e Repsol Sinopec; patrocínio Prata da bp; e patrocínio Bronze da OceanPact, Perbras, Vallourec e Tenaris. A EcoPetrol Brasil é patrocinada pelo Club Offshore, o BTG Pactual Advisors é o Banco Oficial do evento e a Secretaria de Energia e Economia do Mar (Seenemar) do Governo do Estado do Rio de Janeiro é a Parceira Estratégica. A United Airlines é a companhia aérea oficial da OTC Brasil e a Parceira de Conhecimento é a S&P Global Commodity Insights. O B&T XP é o Corretor Oficial de Câmbio; a Ambipar é a Parceira Oficial de Compensação de Emissões; e a Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena) é Associação Convidada. O evento ainda conta com os seguintes parceiros de mídia: eixos, Petro&Química, Brasil Energia, TN Petróleo, Upstream, Offshore e Oil & Gas Journal, Portal e TV Fator Brasil. O evento conta ainda com o Apoio Institucional da Abeemar, Abemi, Abespetro, Abimaq, ABPIP, Abraco, AHK Mercosul, Arpel, Cesar, EIC, Energy Workforce & Technology Council, Firjan SENAI SESI, IADC, IAPG, Rede Petro ES, SBGf, Syndarma e Abeam, e Visit Rio.

. Para acompanhar o evento, clique no Banner ao lado deste Canal Petróleo, Gás, Petroquímica, Dutos do Portal e TV Fator Brasil.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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