Mais de 50 mil pessoas saíram às ruas de Valência este sábado para marcar o primeiro aniversário das inundações provocadas pela tempestade DANA, que provocaram 229 mortos em 2024. Os manifestantes protestaram contra a forma como as autoridades lidaram com um dos piores desastres naturais da Europa nas últimas décadas.

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Segundo o The Guardian, muitos participantes carregavam fotos das vítimas e exigiam a renúncia do líder regional, Carlos Mazón, acusado de ter dado uma resposta lenta e ineficaz à tragédia. Alguns chegaram a pedir sua prisão, alegando negligência na coordenação das medidas de emergência.

Os manifestantes destacam que os alertas de inundação só foram enviados às 20h11 do dia 29 de outubro, mais de 12 horas após a agência meteorológica nacional emitir o aviso máximo para chuvas torrenciais. Para muitos, as notificações chegaram tarde demais — quando suas casas já estavam tomadas por lama e água.

Na próxima quarta-feira, está prevista uma cerimónia memorial com a presença do rei Felipe VI e do primeiro-ministro Pedro Sánchez, em homenagem às vítimas. O evento também deve servir como um momento de reflexão sobre as falhas na gestão do desastre e sobre a necessidade de melhorias nas políticas de prevenção e resposta a emergências.

As inundações atingiram 78 municípios, principalmente na periferia sul da cidade de Valência, matando 229 pessoas na região. Um corpo foi encontrado na passada terça-feira.

O clima de insatisfação popular e a pressão por mudanças na liderança regional continuam a crescer, procurando por justiça e responsabilização.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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