Uma informação errada que poderia ter implicações sobre leituras políticas e responsabilidades técnicas foi entregue pela Carris à investigação ao acidente do elevador da Glória. Isto porque depois do descarrilamento, a 3 de setembro, a Carris escreveu na sua primeira nota informativa que o cabo de atração que cedeu tinha começado a ser usado “há cerca de seis anos”, no tempo de Fernando Medina — mas o novo relatório preliminar do Gabinete de Prevenção de Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários indica que na verdade o cabo só foi usado a partir de 2022, durante o consulado de Moedas.
A notícia é avançada pelo Expressoque lembra que o relatório de 35 páginas concluído esta semana confirma que o cabo “não estava certificado para utilização em instalações para o transporte de pessoas” não cumpriu os requisitos da Carris.
Ao jornal, o gabinete disse que esta informação “correspondia ao conhecimento da investigação aos dados da sua redação, com base nos elementos até então recolhidos, documentais e testemunhais”.
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