Aquisição do novo Sistema Antigranizo, detalhando as estratégias de prevenção e resposta a desastres
Apresentação do plano pela Defesa Civil Chapecó.
A Defesa Civil Chapecó apresentou, durante sessão ordinária na Câmara de Vereadores nesta terça-feira, o Plano de Contingência do município e o projeto de aquisição de um Sistema Antigranizo. O diretor do órgão, Walter Parizotto, foi o responsável por detalhar as novas estratégias de prevenção e resposta a desastres para a cidade de Chapecó. A apresentação atendeu a um requerimento da vereadora Ediane Folle, com o objetivo de informar os parlamentares e a comunidade sobre as medidas planejadas para aumentar a segurança da população.
Plano de Contingência da Defesa Civil Chapecó
O Plano de Contingência é o principal instrumento de planejamento do órgão, definindo procedimentos, responsabilidades e ações em situações de emergência para reduzir riscos. A vereadora Ediane Folle destacou a importância da iniciativa. “Este é um momento muito importante para Chapecó. O plano foi finalizado e queremos parabenizar o trabalho da Defesa Civil, que tem elevado o patamar técnico da gestão de riscos no município. É um documento fundamental, que mostra como devemos agir diante de situações extremas”, afirmou. O diretor Walter Parizotto explicou que o documento serve como base para a gestão de riscos e desastres. “O Plano de Contingência é a certidão de nascimento do município para a gestão plena de eventos extremos. Precisamos conhecer nossos riscos, preveni-los quando possível e preparar a população para reagir aos eventos inevitáveis”, disse Parizotto. Ele detalhou que o plano se estrutura em três eixos principais: o levantamento de riscos do território, a prevenção de desastres evitáveis e a preparação para aqueles considerados inevitáveis.
Defesa Civil Chapecó detalha Sistema Antigranizo
Outro ponto central da apresentação foi o Sistema Antigranizo, uma tecnologia que deve ser implantada em Chapecó até janeiro de 2026. O sistema, de funcionamento hipersônico, utiliza um cilindro de alta resistência que promove explosões controladas de gás acetileno. Essas explosões geram ondas sonoras que desestabilizam as nuvens de tempestade, reduzindo a formação de pedras de granizo. Segundo Parizotto, a tecnologia já é utilizada há mais de 40 anos em países da Europa. O diretor informou que cada equipamento tem um custo aproximado de 900 mil reais. “É um investimento que se paga. No último episódio de granizo em 2019 no Distrito de Marechal Bormann, só com telhas e lonas o município gastou o equivalente a mais de um equipamento e meio, sem contar o sofrimento das famílias atingidas”, justificou. Os primeiros equipamentos serão instalados nas regiões Sul e Sudoeste da cidade, cobrindo áreas como o distrito de Marechal Bormann e o bairro Efapi, locais com maior incidência de granizo.
Ações integradas da Defesa Civil Chapecó
Parizotto também mencionou que o município planeja instalar microestações meteorológicas para criar uma identidade climatológica local, fornecendo dados que podem beneficiar setores como a agricultura. Entre as ações práticas já previstas no plano, está a integração dos serviços de emergência, como SAMU, Secretaria de Saúde e hospitais, para garantir uma resposta rápida em acidentes com múltiplas vítimas. “Não podemos deixar a estrutura colapsar. Hoje, Chapecó é referência nesse tipo de planejamento integrado”, completou. Além das medidas tecnológicas e de planejamento, a Defesa Civil Chapecó trabalha na realocação de 126 famílias que atualmente residem em áreas consideradas de risco, reforçando o compromisso com a prevenção. Ao final da apresentação, Parizotto ressaltou a importância da colaboração entre órgãos públicos e a comunidade. “Trabalhamos para que Chapecó esteja preparada. Queremos construir, junto com a comunidade, um município mais resiliente e seguro”, concluiu o diretor.