A Polícia Civil investiga o grave acidente de ônibus ocorrido na BR-423, em Saloá, no Agreste de Pernambuco, na última sexta-feira (17). O desastre resultou na morte de 17 pessoas e deixou outras 17 feridas.
O motorista, que sofreu apenas ferimentos leves, afirmou às autoridades que o acidente foi causado por uma falha nos freios, uma alegação que será confrontada pelos laudos periciais.
De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o teste do bafômetro comprovou que o condutor não havia consumido bebidas alcoólicas.
A SDS (Secretaria de Defesa Social de Pernambuco) informou que a perícia papiloscópica já identificou os 17 corpos, que foram encaminhados ao IML (Instituto de Medicina Legal) do Recife.
Do total, 15 já foram liberados aos familiares e os demais permanecem no local aguardando a retirada.
Dinâmica do acidente
Segundo a PRF, após perder o controle, o ônibus acessou a contramão, colidiu em rochas nas margens, retornou para o sentido correto, atingiu um barranco de areia e tombou sobre a pista.
O gerente geral da Polícia Científica Wagner Bezerra enfatizou que qualquer pronunciamento é preliminar devido à complexidade da tragédia. A perícia montou três equipes para o levantamento das informações.
A capacidade máxima do veículo era de 50 passageiros. Embora a lista de passageiros contivesse 30 nomes, a PRF estima que havia cerca de 40 pessoas no veículo, devido a possíveis caronas.
Acidente de ônibus em PE: veículo tinha mais passageiros que o informado
Um trabalho mais detalhado será realizado no ônibus, visando determinar se a causa foi falha mecânica ou falha humana. Bezerra indicou que o prazo médico esperado para a conclusão dos laudos é de 30 dias. A perícia também avaliará o peso da carga para verificar se o excesso contribuiu para o acidente.
O chefe da Polícia Civil, Renato Márcio Rocha Leite, disse que um passageiro relatou que notou o ônibus empregando uma velocidade maior que a normal momentos antes do choque e tombamento.
*Sob supervisão de Guilherme Gama