O governo de São Paulo anunciou na última quinta-feira (9) um protocolo inédito no país para identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. Desenvolvido pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), o método promete agilizar diagnósticos e já foi responsável pela confirmação de 30 casos de contaminação.

A medida surge em meio ao surto de intoxicações por metanol registrado em várias regiões do Brasil. Só em São Paulo, cinco pessoas morreram e outras 23 tiveram a contaminação confirmada. Diante da gravidade da crise, o novo protocolo também está sendo compartilhado com outros estados.

O processo de análise é dividido em quatro etapas. Primeiro, os peritos escolhem amostras das garrafas apreendidas. Em seguida, o Núcleo de Documentoscopia examina lacres, selos, embalagens e rótulos — trabalho que permite emitir laudos em menos de um dia. Depois, o Núcleo de Química utiliza um equipamento portátil para detectar metanol e outras substâncias tóxicas nas bebidas lacradas.

Na fase final, os componentes químicos são separados por cromatografia gasosa, técnica que determina a porcentagem exata de metanol presente. O protocolo também inclui testes para identificar falsificações, mesmo quando não há contaminação pela substância.

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By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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