
A Wireless Broadband Alliance (WBA), entidade global que promove padrões interoperáveis para Wi-Fi, apresentou nesta quarta-feira, 8, um modelo de estrutura por meio do qual é possível habilitar o uso das redes Wi-Fi para chamadas de emergência, sem a necessidade de senhas.
O objetivo é permitir que o usuário, mesmo sem cobertura móvel ou credenciais a uma rede Wi-Fi, possa fazer ligações para serviços de emergência, incluindo autenticação de chamada e identificação da sua localização.
Segunda a WBA, o recurso pode salvar vidas em situações de risco, nas quais o usuário não tem sinal de telefonia móvel ou onde a única opção disponível é uma rede sem fio, mas protegida por senha.
Como funciona
Para que o serviço de chamadas de emergência sobre Wi-Fi funcione adequadamente, a WBA ressalta que o usuário poderia se conectar a uma rede sem fio, dispensando a necessidade de autenticação por meio de senhas de acesso convencionais.
Em seguida, a chamada seria realizada usando o discador nativo do aparelho. A ideia é que o serviço de emergência também possa identificar, a partir da ligação, a localização do indivíduo.
Entre os requisitos técnicos para que isso seja possível, a entidade salienta que o aparelho do usuário precisa ser compatível com o Wi-Fi 6. Na outra ponta, a rede de acesso deve ser configurada para receber chamadas de emergência.
Inclusive, o serviço de segurança pública deve ser capaz de fazer uma chamada de retorno ao dispositivo que fez a ligação de emergência.
De todo modo, a WBA alerta que a estrutura depende de uma ferramenta que facilite o acesso a uma rede Wi-Fi. Isso pode ser feito usando tecnologias como a Passpoint, da Wi-Fi Alliance, ou a OpenRoaming, padronizada pela própria WBA.
Em linhas gerais, as soluções permitem que dispositivos móveis se conectem automaticamente a redes Wi-Fi públicas e privadas, sem a necessidade de inserir senhas.
“Essa abordagem pode ajudar a salvar vidas, fornecendo acesso de emergência em locais onde o serviço de celular não está disponível, como dentro de edifícios ou durante situações de desastre”, afirma a WBA, em trecho do relatório.