O número de mortos no desabamento de uma escola na Indonésia na semana passada subiu para 65, informaram as autoridades nesta segunda-feira, enquanto as equipes de resgate continuavam a procurar sobreviventes sob os escombros, sete dias após o desastre.
Paredes e pisos de concreto desabaram sobre centenas de meninos, em sua maioria adolescentes, no internato islâmico Al Khoziny, na província de Java Oriental, em 30 de setembro. A maioria conseguiu escapar.
Mohammad Syafii, chefe da agência de busca e resgate da Indonésia, disse que mais corpos e partes de corpos foram encontrados, aumentando o número de mortos confirmados para 65.
Não ficou claro quantas pessoas ainda estão desaparecidas. Syafii disse aos repórteres que a operação de busca continuará até que os socorristas tivessem “certeza de que não havia mais vítimas”.
As autoridades disseram que a causa do colapso foi o trabalho de construção nos andares superiores que as fundações da escola não puderam suportar.
Imagens compartilhadas pela agência de busca e resgate mostraram trabalhadores de resgate carregando sacos de cadáveres laranja para fora das ruínas.
Em toda a Indonésia, há cerca de 42.000 prédios de escolas islâmicas, conhecidas localmente como pesantren, de acordo com dados do Ministério de Assuntos Religiosos.
No entanto, apenas 50 têm alvará de construção, segundo o ministro de Obras Públicas, Dody Hanggodo, citado pela mídia local no domingo.
Não está claro se a Al Khoziny tinha uma licença de construção. A Reuters não conseguiu contatar imediatamente as autoridades da escola para comentar o assunto.