Pesquisadores de universidade desenvolveram método (Foto: Banco de imagens, Freepik, Reprodução)
Um novo método rápido para identificar a contaminação de metanol em bebidas está em desenvolvimento por pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A ideia é que um canudo, contendo uma substância química, mude de cor ao ter contato com o metanol. A equipe também já lançou outro dispositivo para ajudar na prevenção das intoxicações, que, até o momento, segue com 181 casos suspeitos em 14 estados do Brasil. As informações são do g1.
Continua depois da publicidade
Como vai funcionar canudo
De acordo com a pró-reitora de pós-graduação da UEPB, Nadja Oliveira, o dispositivo será impregnado com uma substância química que, ao ter contato com o metanol, será capaz de mudar de cor para alertar sobre a contaminação.
“Isso vai fazer com que o usuário também tenha uma segurança, quando estiver consumindo a bebida, de que a bebida não tem o teor de metanol”, disse Nadja Oliveira em entrevista ao g1.
Veja fotos
Outro método desenvolvido pelos pesquisadores utiliza um equipamento que emite luz infravermelha sobre a garrafa. A frequência causa agitação nas moléculas, possibilitando que um software colete dados, interprete informações e identifique qualquer substância que não faça parte da composição original da bebida.
“Essa metodologia foi capaz de, além de identificar se a cachaça estava adulterada com compostos que são característicos da própria produção, identificar se foi feita alguma alteração fraudulenta como água ou algum outro composto”, afirmou David Fernandes, autor do artigo, ao g1.
Continua depois da publicidade
De acordo com o estudo, o método pode detectar adulterações em poucos minutos, sem produtos químicos, com até 97% de acerto. A pesquisa começou em 2023 analisando a presença de produtos perigosos em cachaça. Mas, os resultados apontam que o método pode ser utilizado para verificar outros destilados.
Casos de intoxicação
De acordo com o Ministério da Saúde, em todo o país são 14 casos confirmados de intoxicação por metanol e 181 seguem em investigação. Do total de registros, 162 são em São Paulo (14 confirmados e 148 em investigação).
Dessas notificações, 13 são de óbitos. Um óbito foi confirmado no estado de São Paulo e 11 são investigados: sete em São Paulo, três em Pernambuco e um no Mato Grosso do Sul.
Um caso que estava sendo investigado na Bahia foi descartado neste domingo pela Secretaria de Saúde (Sesab), de acordo com o g1.
Continua depois da publicidade
Leia também
Quem é a segunda vítima confirmada de intoxicação por metanol em SP
Antídoto utilizado para tratar intoxicações por metanol começa a ser distribuído no Brasil
Rapper Hungria recebe alta após internação por suspeita de intoxicação de metanol