O governador Eduardo Leite anunciou a formação de um comitê que reunirá órgãos da área da saúde e da segurança pública para acompanhamento de possíveis casos suspeitos de contaminação de bebidas por metanol no Rio Grande do Sul. Até o momento, o Estado não registra casos de intoxicação pela substância.
Conforme o comunicado publicado na rede social X, o grupo reunirá órgãos como o Centro Estadual de Vigilância Sanitária, a Polícia Civil, a Brigada Militar e o Instituto-Geral de Perícias. O objetivo é articular ações rápidas, caso necessário.
“Queremos dar tranquilidade à população e, ao mesmo tempo, ao setor de bares e restaurantes, que é fundamental para a economia e para a vida social dos gaúchos. Seguiremos vigilantes e preparados para apoiar esse segmento, sempre com prioridade à saúde e à segurança de todos”, diz trecho da publicação.
Mantendo a atenção permanente à saúde e à segurança da população gaúcha, determinei à secretária da Saúde, Arita Bergmann, e ao secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, a formação de um Comitê Intersecretarial para acompanhamento intensivo de eventuais casos suspeitos de…
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) October 3, 2025
Casos suspeitos
Até a tarde de quinta-feira (2), o Brasil havia registrado 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Outros 11 casos já haviam sido confirmados por meio de detecção laboratorial pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs), segundo a Sala de Situação instalada pelo governo federal
Apenas uma morte decorrente desse tipo de intoxicação foi confirmada pelo Ministério da Saúde no estado de São Paulo. Mais sete óbitos seguem em investigação, sendo dois em Pernambuco e os outros cinco também em São Paulo.
Busca por antídotos
De acordo com a pasta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez uma chamada pública para identificar “fornecedores internacionais do fomepizol, medicamento específico para intoxicação por metanol, atualmente não disponível no Brasil”.
Esta ação vai mobilizar as 10 maiores agências reguladoras do mundo para que indiquem, em seus países, quais são os produtores do fomepizol.
O governo oficializou também um pedido à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para a doação imediata de 100 tratamentos de fomepizol.