O incêndio que atingiu imóveis comerciais na avenida Vilarinho, em Belo Horizonte, na noite dessa quarta-feira (1º), deixou um rastro de destruição e desespero. Em meio às chamas altas e explosões, os proprietários dos estabelecimentos afetados relataram a dor da perda e questionaram o atendimento do Corpo de Bombeiros.
Na Liderança Rodas e Pneus, onde o fogo teria começado, o proprietário Pedro Ermílio Júnior lamentou a perda total do imóvel. Ele afirmou que o comércio estava fechado e que a causa do incêndio é um “grande mistério”, já que a parte elétrica havia sido trocada há cerca de quatro anos e não havia fontes de energia no local de estocagem.
“O que fica mesmo é o prejuízo, é a lamentação, porque a gente sabe a dificuldade que é para ter as coisas”, disse o empresário, emocionado ao estimar os estragos causados pelo fogo.
Mutirão e críticas ao atendimento
Na loja vizinha, a Super Latas, que vende peças de lataria, o cenário era de correria. Funcionários e proprietários fizeram um mutirão para retirar as mercadorias.
Vítor Malheiros, proprietário da Super Latas, relatou que acionou o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) por volta das 18h. No entanto, ele criticou a demora e o efetivo que chegou ao local. “A menina dos bombeiros informou que iriam vir 20 soldados, mas não vieram; vieram três ou quatro”, pontuou.
Ele acredita que uma ação mais rápida e com mais homens teria evitado que o fogo se alastrasse para sua loja. “Se eles tivessem vindo com essa equipe, não teria pegado fogo, porque começou do outro lado e veio para a minha loja”, acrescentou.
O Corpo de Bombeiros informou que o fogo teria iniciado na loja de pneus e estava se alastrando. Até o momento, a causa do incêndio não foi identificada. A Defesa Civil de BH é aguardada para vistoriar os estabelecimentos na manhã desta quinta-feira (2).