O Asteroide 2023 CX1 explodiu sobre a França há dois anos, destacando-se por não se fragmentar ao entrar na atmosfera. Esta descoberta levanta preocupações sobre a capacidade de defesa planetária da Terra contra impactos similares no futuro.
- A explosão ocorreu a uma altitude baixa, criando um risco inesperado.
- O fenômeno gerou uma pressão quatro vezes maior do que o previsto.
- Especialistas consideram a reavaliação dos riscos de impacto essenciais.
Como o asteroide 2023 cx1 se comportou?
Ao contrário de meteoritos comuns, o Asteroide 2023 CX1 não se desintegrou ao entrar na atmosfera. Em vez disso, explodiu em uma bola de fogo a cerca de 28 quilômetros de altitude.
Esta explosão liberou uma energia concentrada próxima ao solo, o que aumenta os riscos de danos significativos ao nível do solo.
Qual é o risco de um grande impacto?
Nasa percebeu que o asteroide criou uma zona de alta pressão maior do que o esperado. Isso sugere que impactos similares poderiam causar estragos consideráveis se ocorressem em regiões povoadas.
O centro de pesquisas Ames calculou que a pressão dinâmica foi de 4 MPa, um valor crítico para um asteroide deste tamanho.

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Podemos prever futuras ameaças de meteoros?
Conforme o estudo, um asteroide semelhante ao 2023 CX1 poderia resultar em danos sérios se seguisse um padrão de explosão semelhante. Nas últimas pesquisas, a ESA (Agência Espacial Europeia) também anunciou a intensificação dos esforços em monitoramento e mapeamento de corpos próximos da Terra, reforçando a importância internacional do tema.
Especialistas da defesa planetária agora ponderam sobre o que significa um impacto “seguro”.
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Por que o asteroide explodiu perto do solo?
Auriane Egal, pesquisadora da Universidade de Western Ontario, sugere que o Asteroide 2023 CX1 permaneceu intacto por mais tempo devido à sua origem em um cinturão de asteroides internos, onde colisões frequentes podem ter fortalecido sua resistência.
Além disso, novas análises sugerem que a composição do asteroide, possivelmente rica em ferro e níquel, pode também ter contribuído para sua resistência acima do normal, dificultando sua fragmentação inicial na atmosfera. Cientistas do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble estão conduzindo pesquisas sobre amostras de meteoritos semelhantes para entender melhor essa resistência extraordinária.
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Precedentes para futuras pesquisas de defesa
- O comportamento do asteroide sugere a necessidade de preparação para impactos diferentes dos anteriormente estudados.
- O potencial de impacto de asteroides maiores requer evacuações rápidas em áreas afetadas.
- Reavaliar zonas de segurança baseado em novas descobertas é crucial para a proteção da Terra.
- Cientistas defendem investimentos em sistemas de detecção precoce capazes de identificar, com maior antecedência, objetos com características semelhantes ao 2023 CX1. Recentemente, a ONU também recomendou maior colaboração internacional para enfrentar esses desafios.