O comandante Regional da Polícia Ambiental Major Ruy Teixeira, disse na RBN, em entrevista ao vivo, que uma liminar concedida pela justiça de Guaramirim, na sexta-feira, possibilitou nova coleta de materiais na empresa suspeita de ter provocado derramamento de metais pesados no Rio Itapocuzinho, provocando contaminação do rio e consequentemente desabastecimento de água em Guaramirim e por três oportunidades. Segundo o militar, as novas evidências e indícios reafirmaram a responsabilidade, apesar da negativa da empresa que agora vai responder um processo judicial assim que houver denúncia do Ministério Público, com base no boletim policial e inquérito feito pela polícia ambiental.
Questionado sobre a continuidade e funcionamento da empresa, apesar do histórico de ocorrências infracionais, Major Teixeira comentou de forma genérica que, em muitos casos, muda-se a pessoa jurídica e até o nome fantasia da empresa, e a nova pessoa jurídica, sem restrições, continua operando, e não raras vezes na mesma atividade e com os mesmos equipamentos.
O CASO
No dia 12 de agosto, o abastecimento de água em Guaramirim foi interrompido por contaminação no Rio Itapocuzinho, pela terceira vez em três semanas. A empresa de Jaraguá do Sul, investigada pela polícia ambiental, foi apontada como responsável pela situação e teve as atividades embargadas temporariamente. O abastecimento da água foi suspenso após constatação de níveis de ferro na água acima do permitido por lei. O problema exigiu uma ação conjunta da Defesa Civil e Fujama para descargas de água na vala contaminada para acelerar a limpeza.
RIO CERRO II
Sobre o caso de mortandade de peixes no Rio Jaraguá e Rio Cerro, provocado por duas empresas já autuadas pela Fujama, a polícia ambiental está recebendo a documentação que vai instruir o procedimento criminal que será levado ao Ministério Público.

Major Ruy

FOTO ILUSTRAÇÃO / ÁGUAS DE GUARAMIRIM



