Empresa afirma que Casa Branca criou “clima político de intimidação” durante pandemia e eleições
Pressão sobre a plataforma
A Alphabet, controladora do Google e do YouTube, afirmou em carta enviada ao Comitê Judiciário da Câmara dos EUA que o governo do então presidente Joe Biden pressionou a plataforma a censurar conteúdos de criadores conservadores, mesmo quando esses vídeos não infringiam as regras internas.
Segundo a empresa, durante a pandemia e o período eleitoral, autoridades da Casa Branca — incluindo o próprio presidente — teriam exercido pressão contínua pela remoção de vídeos rotulados como desinformação.
O advogado Daniel F. Donovan, do escritório King & Spalding LLP, que assina o documento em nome da Alphabet, declarou:
“É inaceitável e errado quando qualquer governo tenta ditar como a empresa deve moderar conteúdo.”
Reativação de canais e mudanças de política
Na mesma carta, o YouTube informou que pretende restaurar contas banidas com base em antigas regras sobre covid-19 e eleições. A empresa destacou que, entre 2023 e 2024, encerrou políticas específicas sobre esses temas, abrindo espaço para novos debates sobre tratamentos da doença e denúncias de fraude eleitoral.
A plataforma ressaltou ainda que “valoriza vozes conservadoras”, que representam uma parte significativa do debate público. Diferentemente de outras redes sociais, o YouTube frisou que não paga checadores de fatos nem terceiriza a moderação de conteúdo.
Repercussão política
A revelação deve ampliar os embates no Congresso americano, onde parlamentares republicanos acusam a Casa Branca de ter ultrapassado os limites constitucionais ao tentar interferir na moderação de conteúdo online.
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