Paulo Andrade (Portal Porque)
Um forte vendaval destelhou parte da fábrica de motores da Toyota, em Porto Feliz, na tarde desta segunda-feira (22). Destroços da queda do teto feriram aproximadamente 30 trabalhadores, mas todos sem gravidade. A maioria foi atendida no próprio local por profissionais do Samu, do Corpo de Bombeiros e pela equipe de saúde da empresa. Alguns foram encaminhados para Sorocaba para observação, principalmente devido a machucados na cabeça. A fábrica deve permanecer fechada por um período ainda não estimado, para serviços de limpeza e recuperação do galpão e de equipamentos.
Segundo Manoel Neres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu, que representa os trabalhadores da Toyota de Porto Feliz, pelo menos metade do telhado do galpão de produção ficou destruído devido aos fortes ventos. Cerca de 800 metalúrgicos trabalham na fábrica. “Estamos em contato com a empresa, mas ainda não é possível sabe quanto tempo a produção vai ficar parada. A preocupação principal hoje foi evacuar o local e atender os feridos. O sindicato está à disposição para colaborar com a recuperação do local do trabalho e manutenção dos empregos”, afirmou.
De acordo com Manoel, o destelhamento da fábrica aconteceu por volta das 14h. “Felizmente não houve feridos graves e todos estavam conscientes quando foram atendidos, inclusive aqueles que foram enviados para hospitais em Sorocaba ou outras cidades. Porém, não só a Toyota de Porto Feliz terá a produção prejudicada por um tempo. A planta de Sorocaba também vai sentir os reflexos do ocorrido, pois ela depende dos motores produzidos em Porto Feliz para montar os carros em Sorocaba”.
Leandro Soares, presidente do SMetal (Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região), afirma que sua diretoria também está acompanhando o caso e que “a gente torce que não tenha acontecido realmente nada mais grave com os trabalhadores. A gente lamenta profundamente essa tragédia e o nosso sindicato (de Sorocaba) está disposto para ajudar, para contribuir em soluções que preservem empregos, restaure a produção e mantenha os empregos”.