
O homem que matou com um tiro na cabeça o jovem Alisson Kauê Hacker, de 23 anos, enquanto a vítima dirigia, foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo. O caso ocorreu no dia 15 de fevereiro, em Porto União, no Planalto Norte de Santa Catarina.
O crime aconteceu após uma briga em frente a um clube social da cidade. O julgamento ocorreu na sexta-feira (19), no Tribunal do Júri da Comarca do município.
Na sentença, o homem foi condenado com as seguintes qualificadoras: por motivo fútil, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima, apontados pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina). Além da prisão, o réu deverá pagar 10 dias-multa, equivalente a R$ 506.
Mesmo cabendo recurso, a Justiça negou ao réu o direito de recorrer em liberdade e determinou a execução imediata da pena, com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal que autoriza o cumprimento após decisão do júri popular.
Tiro na cabeça chocou moradores de Porto União

O crime ocorreu na madrugada de fevereiro, no centro da cidade, próximo a um clube social. A vítima, Alisson Kauê Hacker, foi atingida por um tiro na cabeça de pistola calibre 9 mm, que atingiu a região da testa. O carro acabou colidindo com outro veículo que estava estacionado. O assassino fugiu em seguida.
Durante o julgamento, o promotor de Justiça, Tiago Prechlhak Ferraz, destacou que o disparo foi intencional e direcionado.
“As provas colhidas, incluindo laudos periciais, imagens de câmeras de segurança e depoimentos, indicam que o disparo foi intencional e mirando exatamente a vítima. A dinâmica dos fatos demonstra dolo direto, e não um disparo acidental”, afirmou.
O Ministério Público ainda ressaltou que o crime foi cometido em via pública, em frente a um dos clubes mais movimentados de Porto União, colocando em risco outras pessoas que estavam no local.