Duelo entre Ricciardo e Verstappen em Baku 2018 acabou em colisão, custou pontos à Red Bull e acelerou a saída do australiano da equipe.
O GP do Azerbaijão de 2018 marcou um dos episódios mais tensos da recente história da Red Bull na Fórmula 1. A colisão entre Daniel Ricciardo e Max Verstappen, então companheiros de equipe, não foi apenas um acidente de corrida: foi o reflexo de uma gestão de pilotos no limite e de uma rivalidade interna mal controlada.
Durante grande parte da prova, ambos lutaram roda a roda, em disputas agressivas que já levantavam sinais de alerta. A Red Bull, entretanto, optou por não impor ordens de equipe, acreditando que a igualdade de condições motivaria seus pilotos. O resultado foi o contrário: a competitividade se transformou em imprudência.
Na volta 40, quando Ricciardo tentou mais uma ultrapassagem na reta principal, Verstappen mudou sua linha de defesa no momento crítico. Sem espaço, o australiano colidiu com a traseira do carro do holandês e ambos abandonaram. Além da perda de pontos valiosos, a imagem da equipe ficou arranhada, com críticas à falta de intervenção da direção técnica.
O episódio gerou consequências profundas. Ricciardo, já em dúvida sobre seu futuro na Red Bull, viu ali um ponto de ruptura no relacionamento com a equipe e com Verstappen. Meses depois, anunciou sua saída para a Renault. Para a Red Bull, ficou a lição sobre a importância de gerir rivalidades internas e definir limites claros entre pilotos talentosos, mas igualmente agressivos.
O acidente em Baku, portanto, é lembrado não apenas como um choque espetacular, mas como um divisor de águas na trajetória de Ricciardo e na ascensão definitiva de Verstappen como líder da Red Bull.