Fragmentos microscópicos de plástico estão presentes no ar que respiramos, levantando sérias preocupações de saúde em escala global. Pesquisadores da Universidade de Manchester descobriram que essas partículas de microplásticos, difíceis de detectar, circulam por todo o planeta, afetando até regiões distantes.

A questão central é como esses microplásticos chegaram até nossos pulmões e demais tecidos do corpo. Estudos buscam compreender essa dinâmica de contaminação e os impactos à saúde.

Créditos: Foto de FlyD na Unsplash

Impacto Global: Microplásticos no Meio Ambiente

Recentes investigações revelaram que microplásticos podem ser inalados e já foram encontrados em órgãos humanos, como pulmões e fígado. Segundo pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona, microplásticos foram detectados em 47 amostras de órgãos, incluindo pulmão e fígado.

A poluição atmosférica por microplásticos atinge níveis impressionantes, com mais de mil toneladas anuais depositadas até mesmo em parques nacionais dos Estados Unidos, conforme estudos dos Estados Unidos evidenciam.

A exposição contínua a essas partículas está associada a diversos problemas de saúde, mas a compreensão completa do impacto ainda demanda mais estudos. Cientistas investigam os efeitos dessas partículas invisíveis na saúde, considerando sua presença alarmante em ambientes tanto urbanos quanto remotos.

Riscos à Saúde: Revelações Alarmantes

Esses microplásticos têm sido associados a complicações de saúde sérias. Estudos indicam potenciais efeitos neurotóxicos dessas partículas em células animais, elevando preocupações sobre possíveis consequências para o cérebro humano.

A pesquisa publicada no “New England Journal of Medicine” associa microplásticos em artérias a um risco quatro vezes maior de eventos cardíacos severos, evidenciando a ligação com problemas cardiovasculares.

Ação Global: Impactos e Monitoramento

Além dos impactos neurológicos, evidências crescentes associam a presença de microplásticos a inflamações, potencialmente ligadas a doenças crônicas. Pesquisas realizadas em Maceió, Brasil, detectaram microplásticos em placentas humanas, acrescentando preocupações sobre os efeitos potenciais na saúde reprodutiva.

Para enfrentar a complexidade da contaminação por microplásticos, a implementação de uma rede global de monitoramento torna-se uma prioridade. A proposta, inclusive, considera o uso de inteligência artificial para mapear os movimentos desses micropolímeros em diferentes condições climáticas, aprimorando a avaliação de riscos.

By Daniel Wege

Consultor HAZOP Especializado em IA | 20+ Anos Transformando Riscos em Resultados | Experiência Global: PETROBRAS, SAIPEM e WALMART

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