Santa Catarina registrou queda nos números de casos e mortes por dengue em 2025, em relação a 2024, mas apresentou aumento nos números de chikungunya, de acordo com o informe epidemiológico divulgado pela Secretaria do Estado de Saúde (SES), na sexta-feira (5). A última doença, por exemplo, teve um aumento de 581% na quantidade de ocorrências se comparar com o mesmo período do ano passado. Ambas são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
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No período entre 29 de dezembro de 2024 e 1º de setembro de 2025, foram registradas 17 mortes por dengue. Outros três óbitos estão em investigação. No período correspondente do ano passado, de 31 de dezembro de 2023 a 23 de setembro de 2024, Santa Catarina tinha registrado 338 mortes — número quase 20 vezes maior do que em 2025.
A redução também aparece no número de casos de dengue. Conforme a SES, Santa Catarina teve 24 mil casos prováveis de dengue neste ano. Na comparação com o mesmo período do ano 2024, quando foram registrados 333.214 casos prováveis, observa-se uma diminuição de 92,6%.
Aumento de mortes e casos de chikungunya
Por outro lado, os números de chikungunya aumentaram em Santa Catarina. A doença tem sintomas parecidos com os da dengue, como febre, dores musculares e erupções cutâneas. A principal diferença é que a chikungunya provoca fortes dores articulares, rigidez matinal e inchaço nas juntas — daí seu nome, que em maconde (língua africana) significa “aquele que se dobra”, referindo-se à postura curvada de quem sofre com as dores.
O informe da SES registrou 839 casos prováveis em 2025 até agora. Na comparação com o mesmo período de 2024, quando foram registrados 123 casos prováveis, observa-se um aumento de 581%. Além disso, foram registradas quatro mortes neste ano, sendo que no ano passado, no mesmo período, não houve registros de óbitos no período correspondente.
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Em comunicado à imprensa, a SES informou que segue fazendo ações e reforçou que o envolvimento da população é decisivo para reduzir o risco de epidemia.
— É importante prosseguir com as medidas preventivas para evitar um aumento de casos quando as condições climáticas forem favoráveis — destacou João Augusto Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica.
Das quatro mortes por chikungunya em Santa Catarina, três ocorreram em Xanxerê e uma em Florianópolis. As vítimas tinham entre 76 e 85 anos, conforme o informe da SES.
— Em Xanxerê, ocorreu a chegada de algum caso importado, iniciando um processo de transmissão local, a partir da picada do mosquito, que se infectou e começou a transmitir para outras pessoas. Apesar do número de casos ser maior em Xanxerê, isso pode ocorrer em outros municípios — explicou o diretor da Dive, em entrevista em março deste ano.
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